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Educação devem ser diretriz da COP 21, diz professor da FGV

O professor da FGV defendeu que essa fiscalização deveria ter âmbito global e regras mundiais, aplicáveis a todas as nações

Líderes mundiais se reúnem na COP 21: o único ponto positivo que ele vê no encontro de Paris são as tecnologias de energia que farão com que energias fósseis se tornem cada vez mais arcaicas (Mikhail Klimentyev/ Reuters)
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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 17h00.

A educação e tecnologia devem constituir os principais desdobramentos da 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ( COP21 ), na avaliação do professor de Negociação e Resolução de Conflitos da Fundação Getulio Vargas (FGV), Yann Duzert. A COP21 começou ontem em Paris e vai até o dia 12 de dezembro com representantes de 195 países.

Duzert disse ver a COP21 como um grande seminário de conscientização mundial do problema das mudanças climáticas e do aquecimento global, com uma negociação envolvendo muitos participantes, mas com pouca capacidade de manter compromissos com qualquer texto que vá reduzir em 50% as emissões de gases poluentes na atmosfera.

“É mais um impacto de marketing de imagem e de impressão dos Estados querendo fazer alguma coisa, mas com pouca capacidade de fiscalizar e executar medidas corajosas para reduzir as emissões e evitar o aumento da temperatura de 2º Celsius”.

O professor da FGV defendeu que essa fiscalização deveria ter âmbito global e regras mundiais, aplicáveis a todas as nações.

Não existe, frisou, nenhuma instituição supranacional que poderia fiscalizar o engajamento das populações e das empresas ao acordo de redução de emissões de gás carbônico (CO2).

Ele disse que o texto final da COP21 pode ter boas intenções, mas na prática terá pouca chance de fiscalização com resultados.

O único ponto positivo que ele vê no encontro de Paris são as tecnologias de energia que farão com que, nos próximos 20 anos, energias fósseis, como carvão e petróleo, se tornem cada vez mais arcaicas e sejam substituídas por energias limpas com custo marginal quase zero.

Entre elas, Duzert incluiu as energias solar e eólica (dos ventos), “que vão permitir à humanidade reduzir as indústrias clássicas, sujas, e ter acesso a uma energia limpa”.

Duzert acrescentou que o grande desafio é conscientizar as pessoas a contribuir individualmente para a diminuição das emissões de gases poluentes, a partir de atitudes simples, como não renovar o celular todo ano, porque isso vai ter um custo de CO2 para o planeta.

“Como educar o consumidor cidadão para, justamente, lutar contra o CO2”.

As grandes promessas da COP21 deverão ser educação e tecnologia, insistiu.

“Educar a população a não comprar carro a diesel, a não comprar frutos que vêm do outro lado do mundo, a não viajar de avião de forma intempestiva e reduzir seu próprio consumo de CO2”.

Ele reiterou a importância da tecnologia, que vai mudar a transição energética de forma progressiva.

Duzert disse que os países vão acompanhar esse movimento, por meio de regulação e incentivos fiscais para “o grande lobby das energias sujas diminuir os seus poderes”.

Ele destacou que não se trata mais de uma negociação que imponha algo ou oprima com o poder, “mas é cada vez mais newgociation [negociação reinventada], um jeito de compor, de educar, de aprender com o outro, de fazer uma negociação muito mais amistosa e consensual do que imperativa”.

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A educação e tecnologia devem constituir os principais desdobramentos da 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ( COP21 ), na avaliação do professor de Negociação e Resolução de Conflitos da Fundação Getulio Vargas (FGV), Yann Duzert. A COP21 começou ontem em Paris e vai até o dia 12 de dezembro com representantes de 195 países.

Duzert disse ver a COP21 como um grande seminário de conscientização mundial do problema das mudanças climáticas e do aquecimento global, com uma negociação envolvendo muitos participantes, mas com pouca capacidade de manter compromissos com qualquer texto que vá reduzir em 50% as emissões de gases poluentes na atmosfera.

“É mais um impacto de marketing de imagem e de impressão dos Estados querendo fazer alguma coisa, mas com pouca capacidade de fiscalizar e executar medidas corajosas para reduzir as emissões e evitar o aumento da temperatura de 2º Celsius”.

O professor da FGV defendeu que essa fiscalização deveria ter âmbito global e regras mundiais, aplicáveis a todas as nações.

Não existe, frisou, nenhuma instituição supranacional que poderia fiscalizar o engajamento das populações e das empresas ao acordo de redução de emissões de gás carbônico (CO2).

Ele disse que o texto final da COP21 pode ter boas intenções, mas na prática terá pouca chance de fiscalização com resultados.

O único ponto positivo que ele vê no encontro de Paris são as tecnologias de energia que farão com que, nos próximos 20 anos, energias fósseis, como carvão e petróleo, se tornem cada vez mais arcaicas e sejam substituídas por energias limpas com custo marginal quase zero.

Entre elas, Duzert incluiu as energias solar e eólica (dos ventos), “que vão permitir à humanidade reduzir as indústrias clássicas, sujas, e ter acesso a uma energia limpa”.

Duzert acrescentou que o grande desafio é conscientizar as pessoas a contribuir individualmente para a diminuição das emissões de gases poluentes, a partir de atitudes simples, como não renovar o celular todo ano, porque isso vai ter um custo de CO2 para o planeta.

“Como educar o consumidor cidadão para, justamente, lutar contra o CO2”.

As grandes promessas da COP21 deverão ser educação e tecnologia, insistiu.

“Educar a população a não comprar carro a diesel, a não comprar frutos que vêm do outro lado do mundo, a não viajar de avião de forma intempestiva e reduzir seu próprio consumo de CO2”.

Ele reiterou a importância da tecnologia, que vai mudar a transição energética de forma progressiva.

Duzert disse que os países vão acompanhar esse movimento, por meio de regulação e incentivos fiscais para “o grande lobby das energias sujas diminuir os seus poderes”.

Ele destacou que não se trata mais de uma negociação que imponha algo ou oprima com o poder, “mas é cada vez mais newgociation [negociação reinventada], um jeito de compor, de educar, de aprender com o outro, de fazer uma negociação muito mais amistosa e consensual do que imperativa”.

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