Mundo

Editor de Hong Kong foi levado contra a vontade para a China

O desaparecimento de Lee Bo, que tem passaporte britânico, é uma "grave violação" do acordo assinado com Pequim antes da devolução de Hong Kong à China em 1997


	Desaparecido: Lee Bo e outros quatro funcionários da editora, que publica livros críticos ao governo chinês, desapareceram nos últimos meses
 (Anthony Wallace / AFP)

Desaparecido: Lee Bo e outros quatro funcionários da editora, que publica livros críticos ao governo chinês, desapareceram nos últimos meses (Anthony Wallace / AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 09h40.

Um editor de Hong Kong que, supostamente, está detido na China, foi "levado para o continente contra a sua vontade", denunciou o Reino Unido, em uma das declarações mais fortes sobre o caso que abala a ex-colônia britânica.

O desaparecimento de Lee Bo, que tem passaporte britânico, é uma "grave violação" do acordo assinado com Pequim antes da devolução de Hong Kong à China em 1997, declarou Philip Hammond, ministro das Relações Exteriores britânico.

Lee Bo e outros quatro funcionários da editora Mighty Current de Hong Kong, que publica livros críticos ao governo chinês, desapareceram nos últimos meses.

Dos cinco desaparecimentos, o de Lee Bo foi o que mais chocou, porque aconteceu em Hong Kong, onde os serviços de segurança chineses não têm o direito de intervir.

A China confirmou que havia uma investigação criminal envolvendo os quatro colegas de Lee Bo, mas ainda não está claro o que aconteceu com o editor, de 65 anos, cujo paradeiro segue desconhecido.

Lee havia escrito cartas manuscritas a sua esposa, explicando ter viajado voluntariamente para a China para ajudar em uma investigação.

No entanto, deputados e ativistas pró-democracia dizem que ele foi sequestrado em Hong Kong.

"Nós não sabemos todos os fatos, mas de acordo com as informações que dispomos, Lee foi levado contra a sua vontade para o continente", escreveu Hammond no informe semestral ao parlamento britânico dedicado a Hong Kong.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaComunicaçãoHong KongMetrópoles globaisPrisões

Mais de Mundo

Oposição venezuelana denuncia 'obstáculos' para credenciar fiscais eleitorais

Macron se recusa a nomear candidata da esquerda a primeira-ministra na França

Em primeiro comício desde saída de Biden, Kamala afirma que seu governo será 'do povo'

Capitólio dos EUA se blinda contra possíveis protestos durante visita de Netanyahu

Mais na Exame