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Ecoturismo pode ajudar a proteger pandas na China

Além de estar vulnerável a doenças, a pequena população de pandas-gigantes enfrenta a perda de seu habitat natural devido à crescente urbanização chinesa

Existem apenas 1.596 pandas vivendo em liberdade na China, segundo censo de 2004 (Creative Commons/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2012 às 11h09.

São Paulo - Ameaçados de extinção pelas perdas contínuas de habitat e pela baixa taxa de natalidade, existem aproximadamente 1.600 pandas-gigantes livres em seu habitat natural no mundo, sendo que todos eles estão na China. Para contribuir com a conservação da espécie e com o desenvolvimento das comunidades da região, o governo chinês decidiu incentivar o ecoturismo local.

Esta medida, usada também no arquipélago de Gálapagos, no Equador, pretende arrecadar fundos com o ecoturismo para aumentar o habitat local e treinar os animais em cativeiro para sobreviver na floresta - processos que demandam muitos recursos -, além de gerar receita para as populações locais por meio da preservação do urso panda.

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A China tem, ao todo, 62 reservas naturais de pandas-gigantes. Há 40 anos, o país passou a recolher ursos selvagens para protegê-los, reproduzi-los em cativeiro e depois reinseri-los em seu habitat natural. No entanto, existem apenas 1.596 exemplares vivendo em liberdade no país, segundo o censo chinês de pandas de 2004. O número é maior do que o da década de 1950, quando havia menos de mil animais da espécie no planeta, mas esse aumento ainda não foi suficiente para livrar a espécie do risco de extinção.

Além de estar vulnerável a doenças, a pequena população de pandas-gigantes também enfrenta a perda de seu habitat natural, as florestas de bambu, devido à crescente urbanização chinesa. O ecoturismo em torno dos pandas-gigantes se apresenta, então, como uma fonte de receita e uma forma de engajar a população local.

Existe também uma campanha mundial da ONG internacional WildAid e da Base de Pandas de Chengdu que recruta jovens embaixadores pela causa panda para receberem treinamento por um ano na China. Nesse período, os chamados "pandaixadores" convivem com os ursos panda, aprendem a cuidar deles e, por fim, divulgam o que aprenderam. A primeira edição do programa recebeu mais de 60 mil inscrições, de quase 80 países, e as organizações esperam receber mais inscritos na segunda edição da iniciativa, que está aberta.

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