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Economia desacelera no 1º semestre e cresce 11,1%

Pequim, 15 jul (EFE).- O Produto Interno Bruto (PIB) da China, a terceira economia do mundo, cresceu 11,1% no primeiro semestre do ano, um ligeiro e esperado arrefecimento depois de ter registrado no primeiro trimestre de 2010 aumento de 11,9%, informou hoje o escritório nacional de estatísticas (BNE). O crescimento do PIB no segundo trimestre […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

Pequim, 15 jul (EFE).- O Produto Interno Bruto (PIB) da China, a terceira economia do mundo, cresceu 11,1% no primeiro semestre do ano, um ligeiro e esperado arrefecimento depois de ter registrado no primeiro trimestre de 2010 aumento de 11,9%, informou hoje o escritório nacional de estatísticas (BNE).

O crescimento do PIB no segundo trimestre do ano foi de 10,3%, 1,6 ponto percentual menor do que o período anterior, e o Governo chinês e os analistas confiam em que esta tendência descendente se mantenha no restante de 2010, na medida em que são ajustadas as políticas chinesas de combate da crise.

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"Genericamente falando, a economia chinesa está mostrando um bom comportamento, com um alto ritmo de crescimento, altos níveis de emprego e uma baixa inflação", resumiu ao apresentar os números o novo porta-voz do BNE, Sheng Laiyun.

O Governo da China, país que no ano passado cresceu 9,1%, fixou neste ano crescimento do PIB de 8%, uma previsão considera prudente demais, já que os organismos internacionais fazem uma estimação menor (o Banco Mundial 9,5%, e o Fundo Monetário Internacional 10%).

Entre janeiro e junho, o PIB ascendeu a US$ 2,53 trilhões (1,98 trilhão de euros), e os três principais indicadores da economia chinesa - investimento, consumo e comércio exterior - mostraram crescimentos de dois dígitos.

O comércio exterior foi o que mais aumentou. Mas é preciso lembrar que no ano passado a base era baixa, por causa da demanda externa pela crise global.

Concretamente, entre janeiro e junho de 2010, o comércio exterior chinês ascendeu a US$ 1,35 trilhão (1,05 trilhão de euros), um aumento de 43,1% com relação ao mesmo período de 2009.

As exportações ascenderam a US$ 705,1 bilhões (553,500 bilhões de euros), uma alta de 35,2%, e as importações a US$ 649,8 bilhões, (510 bilhões de euros), um aumento de 52,7%.


No que diz respeito aos investimentos em ativos fixos, esta ascendeu na primeira metade do ano a US$ 1,67 trilhão (1,31 trilhão de euros), uma ascensão de 25%.

Dentro deste investimento, destacou o aumento de 38,1% na qual se destinou ao setor imobiliário, um indicador que preocupa Pequim, que teme que a "bolha" no setor exploda e afete à economia nacional.

Com relação às vendas do varejo, o principal indicador do consumo, estas subiram em janeiro-junho 18,2%, para os US$ 1,06 trilhão (837,7 bilhões de euros).

O BNE também publicou hoje o número do IPC, que neste ano aumentou 2,6%, mantendo-se perigosamente perto do nível que a China quer no final de ano (3%), embora deva destacar que em junho os preços desceram 0,6%.

Por categorias, na primeira metade de 2010 subiram alimentos, tabaco, licores, despesas médicas e educação, assim como moradia, mas desceram os preços de roupas, eletrodomésticos, transporte e comunicações.

A publicação dos dados econômicos da China, que é publicado em coletivas de imprensa, se transformou em um grande acontecimento midiático em Pequim à medida que a China foi superando outros países (Itália, França, Alemanha, Reino Unido...) até se transformar na terceira economia mundial.

A expectativa se reflete na enorme batalha campal que se forma na sala de imprensa do conselho de Estado quando o funcionário de turno aparece na porta com os dados econômicos.

Todos os repórteres, chineses e estrangeiros, se jogam sobre ele com violência e arranhões, que crescem em intensidade trimestre após trimestre.

Uma curiosidade dos dados econômicos chineses é que o regime comunista, nascido de uma revolução camponesa, segue outorgando uma importância vital às estatísticas agrícolas, pelo que os primeiros indicadores econômicos citados na entrevista coletiva e no relatório trimestral são os da colheita de cereal e a produção de carne suína.

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