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Duterte manda policiais corruptos à conflituosa ilha de Mindanao

Local é considerado de alto risco porque nesses locais operam organizações armadas jihadistas

Rodrigo Duterte: o presidente filipino prometeu realizar uma "limpeza" na polícia (Malacanang Photo/Handout/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 09h25.

Manila - O presidente das Filipinas , Rodrigo Duterte, repreendeu nesta terça-feira publicamente em Manila 228 policiais acusados de corrupção e ordenou enviá-los às zonas mais conflituosas na ilha de Mindanao, situada no sul do país.

"Se preparam para ir. Dou a vocês duas semanas, ou seja, 15 dias", indicou Duterte em um ato no palácio presidencial de Malacañán ao citados agentes que foram acusados de corrupção em uma investigação interna do corpo.

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O líder em seu discurso, transmitido ao vivo nas redes sociais, citou como destinos destes policiais as ilhas de Jolo, Tawi-tawi e Basilan, consideradas de alto risco porque nesses locais operam organizações armadas jihadistas como Abu Sayyaf e o Grupo Maute.

Duterte se mostrou especialmente duro com este grupo de agentes, os chamou "filhos-da-puta" em várias ocasiões e "os criminosos mais perigosos do país", e afirmou que se fosse por ele, "os jogaria no rio Pasig", que passa por Manila.

O chefe de Estado acusou estes policiais de lucrar de forma ilícita com a campanha nacional contra as drogas, alvo constante de polêmicas.

A "guerra contra as drogas" foi suspensa de forma temporária na semana passada após ser publicado o caso de um empresário sul-coreano assassinado por agentes no quartel-general da Polícia Nacional.

A morte do cidadão sul-coreano suscitou fortes críticas à política antidroga do governo, além de pôr em evidência a enraizada corrupção nas forças de segurança.

A campanha contra as drogas de Duterte já deixou mais de 7 mil mortos desde seu início, das quais pelo menos 2,5 mil correspondem a suspeitos executados de maneira extrajudicial por agentes da ordem.

O presidente filipino prometeu realizar uma "limpeza" na polícia e mais tarde retomar a controversa campanha contra as drogas, que se prolongará até o final de seu mandato, em 2022.

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