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Dominicanos organizam marcha contra Odebrecht

Os porta-vozes exigiram que o governo impulsione a criação de uma comissão de promotores independentes para investigar os subornos

Odebrecht: na República Dominicana, o pagamento de subornos teria alcançado US$ 92 milhões de dólares entre 2001 e 2014 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Odebrecht: na República Dominicana, o pagamento de subornos teria alcançado US$ 92 milhões de dólares entre 2001 e 2014 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de fevereiro de 2017 às 17h35.

Santo Domingo - Um grupo de organizações anunciou neste domingo que na próxima quarta-feira realizará mobilizações em vários lugares da República Dominicana para exigir que promotores independentes investiguem tudo o que for relativo aos subornos que a construtora brasileira Odebrecht admitiu ter pago no país.

O coletivo Marcha Verde, que reúne grupos populares locais, disse também que no mesmo dia espera entregar ao presidente dominicano, Danilo Medina, um "livro verde" no qual milhares de cidadãos estamparam suas assinaturas para exigir o envio à prisão de todos os envolvidos nos subornos revelados pela multinacional.

A entidade pediu que as pessoas saíam às ruas com vestimentas de cor verde, levem bandeiras, fitas e outros objetos verdes em seus veículos, negócios, lares, centros educativos e de trabalho.

Os porta-vozes de Marcha Verde exigiram em uma nota de imprensa que o governo impulsione a criação de uma comissão de promotores independentes que, assessorada pela Organização das Nações Unidas (ONU), investigue os subornos de obras nas quais estaria envolvida Odebrecht.

Em dezembro, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou que a construtora Odebrecht admitiu o pagamento de mais de US$ 788 milhões em subornos para vencer licitações de infraestruturas públicas em 12 países da América Latina e África.

Na República Dominicana, o pagamento de subornos teria alcançado US$ 92 milhões de dólares entre 2001 e 2014, como admitiram executivos locais da construtora brasileira.

A Procuradoria Geral da República lidera as investigações em torno do escândalo.

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