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Dois pontos do Código Florestal serão vetados, diz Minc

A uma semana da votação do texto na Câmara, cerca de 100 manifestantes protestaram contra a reforma na Assembleia Legislativa do Rio

Trabalhadores rurais participam do seminário sobre as mudanças no Código Florestal  (Wilson Dias/ABr)

Trabalhadores rurais participam do seminário sobre as mudanças no Código Florestal (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 13h52.

Rio - O ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc disse que obteve garantias da atual chefe da pasta, Izabella Teixeira, de que o governo federal vai vetar pelo menos dois pontos polêmicos do relatório que propõe mudanças no Código Florestal. A uma semana da votação do texto na Câmara, cerca de 100 manifestantes protestaram contra a reforma na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), cobrindo a escadaria com frutas e verduras.

Segundo Minc, um dos idealizadores da manifestação, a ministra afirmou que a presidente Dilma Rousseff vai cumprir os compromissos firmados no segundo turno das eleições, quando prometeu vetar a anistia aos desmatadores ilegais e a redução das Áreas de Proteção Permanente (APP). "Ela (Izabella) disse que, apesar de todas as discussões dentro do governo, a presidente Dilma está firme na manutenção do seu compromisso", comentou o ex-ministro.

Minc, que é secretário estadual de Ambiente do Rio, contou que esteve reunido hoje com a ministra Izabella, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o governador fluminense, Sérgio Cabral, e o prefeito Eduardo Paes, para debater a Rio+20, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento sustentável, marcada para o ano que vem. "Como o Rio vai sediar esta, que será a maior de todas as conferências da ONU, 'afrouxando' a proteção de seus biomas?", questionou.

Último formulador vivo do atual Código Florestal - datado de 1965 -, o engenheiro agrônomo Alceo Magnanini disse que governo deveria se preocupar com o cumprimento do Código, e não em modificá-lo. Magnanini criticou a ausência de técnicos na formulação do texto, dizendo que "a comissão é formada tipicamente por pessoas do agronegócio, sem preocupação alguma com o meio ambiente".

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