Dívida: adversários de Obama mantêm posição
Nenhum avanço foi anunciado ao término da reunião dos líderes do Congresso - a terceira em três dias -, nem pelo presidente Barack Obama nesta terça-feira.
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2011 às 23h08.
Washington - Os adversários republicanos de Barack Obama no Congresso mantiveram suas posições nesta terça-feira e voltaram a recusar as concessões solicitadas pelo presidente, a fim de atingir um acordo sobre o limite da dívida antes do prazo de 2 de agosto.
Nenhum avanço foi anunciado ao término da reunião dos líderes do Congresso - a terceira em três dias -, nem pelo presidente Barack Obama nesta terça-feira.
"Nada deixou a sala", afirmou o número dois dos democratas no Senado, Richard Durbin.
Obama e os republicanos negociam há várias semanas um acordo para aumentar o teto da dívida americana para evitar o fim dos pagamentos, o que teria consequências dramáticas para a economia.
Horas antes da reunião, as posições estavam endurecidas: "Onde está o plano do presidente?", perguntava o presidente da Câmara de Representantes, John Boehner, durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira no Congresso. "Quando vão colocar suas cartas sobre a mesa? O aumento do teto da dívida é problema seu", disse.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, rebateu as declarações do republicano Boehner: "Este não é um problema republicano, este não é um problema democrata. Este é um problema americano, e isso é algo que devemos fazer juntos".
Ao mesmo tempo, o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, apresentou nesta terça-feira uma nova proposta para tentar destravar a situação.
O plano de McConnell implica basicamente em que Obama solicite um aumento para os empréstimos do Congresso em 2,5 bilhões, o que seria feito em três etapas, ao invés dos cortes no gasto e do aumento dos impostos.
O Congresso pode se opor a essa medida, mas Obama pode aplicar o veto.
De todas as formas, o plano pode resultar em que os republicanos tenham várias oportunidades para votar contra o aumento da dívida e todo o custo político seria dos democratas.
Até o momento, não havia resposta dos republicanos na Câmara de Representantes nem dos democratas, cujo líder da maioria no Senado, Harry Reid, disse que "é algo que analisarei".
Contudo, as posições dos dois campos pareciam irreconciliáveis na terça-feira, pois os republicanos se negam a deixar que sejam aumentados os impostos aos bilionários para aumentar a arrecadação do Estado e querem que o corte de gastos resolva a questão.
Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou sua disposição para a realização de um acordo amplo com os republicanos para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos, mas exigiu concessões para concretizá-lo.
"Não creio que possamos chegar a um acordo se eles mantiverem essa posição. Quero dizer, se a proposta básica é: o que quero ou nada, então provavelmente não poderemos fazer nada, porque teremos um governo dividido", disse em uma coletiva de imprensa na Casa Branca.
"Eu estou preparado para receber críticas construtivas do meu partido para poder fazer algo", disse Obama. "Espero que a outra parte esteja disposta a fazer o mesmo", completou.
Obama afirmou sua intenção de reunir-se "todos os dias" com seus adversários republicanos "para chegar a um acordo antes do dia 2 de agosto".
"Estamos todos de acordo para aproveitar essa ocasião com o objetivo de fazer algo significativo sobre a dívida e os déficits", afirmou.
O governo pretende conseguir um acordo que lhe permita alterar o limite da dívida pública, estabelecido legalmente em 14,29 trilhões de dólares - já alcançado em meados de maio - e continua crescendo ao ritmo do déficit orçamentário, que este ano deve ficar em 1,6 trilhão de dólares. O Departamento do Tesouro advertiu que no caso de esse teto não se modificar, o país entrará em moratória ('default') em 2 de agosto.
Os participantes da reunião do Fed sobre política monetária de 21-22 de junho enfatizaram que "mesmo um atraso no pagamento das obrigações de dívida do Departamento do Tesouro provavelmente causará severos transtornos e podem também ter um efeito duradouro sobre o custo do endividamento dos Estados Unidos".
Washington - Os adversários republicanos de Barack Obama no Congresso mantiveram suas posições nesta terça-feira e voltaram a recusar as concessões solicitadas pelo presidente, a fim de atingir um acordo sobre o limite da dívida antes do prazo de 2 de agosto.
Nenhum avanço foi anunciado ao término da reunião dos líderes do Congresso - a terceira em três dias -, nem pelo presidente Barack Obama nesta terça-feira.
"Nada deixou a sala", afirmou o número dois dos democratas no Senado, Richard Durbin.
Obama e os republicanos negociam há várias semanas um acordo para aumentar o teto da dívida americana para evitar o fim dos pagamentos, o que teria consequências dramáticas para a economia.
Horas antes da reunião, as posições estavam endurecidas: "Onde está o plano do presidente?", perguntava o presidente da Câmara de Representantes, John Boehner, durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira no Congresso. "Quando vão colocar suas cartas sobre a mesa? O aumento do teto da dívida é problema seu", disse.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, rebateu as declarações do republicano Boehner: "Este não é um problema republicano, este não é um problema democrata. Este é um problema americano, e isso é algo que devemos fazer juntos".
Ao mesmo tempo, o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, apresentou nesta terça-feira uma nova proposta para tentar destravar a situação.
O plano de McConnell implica basicamente em que Obama solicite um aumento para os empréstimos do Congresso em 2,5 bilhões, o que seria feito em três etapas, ao invés dos cortes no gasto e do aumento dos impostos.
O Congresso pode se opor a essa medida, mas Obama pode aplicar o veto.
De todas as formas, o plano pode resultar em que os republicanos tenham várias oportunidades para votar contra o aumento da dívida e todo o custo político seria dos democratas.
Até o momento, não havia resposta dos republicanos na Câmara de Representantes nem dos democratas, cujo líder da maioria no Senado, Harry Reid, disse que "é algo que analisarei".
Contudo, as posições dos dois campos pareciam irreconciliáveis na terça-feira, pois os republicanos se negam a deixar que sejam aumentados os impostos aos bilionários para aumentar a arrecadação do Estado e querem que o corte de gastos resolva a questão.
Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou sua disposição para a realização de um acordo amplo com os republicanos para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos, mas exigiu concessões para concretizá-lo.
"Não creio que possamos chegar a um acordo se eles mantiverem essa posição. Quero dizer, se a proposta básica é: o que quero ou nada, então provavelmente não poderemos fazer nada, porque teremos um governo dividido", disse em uma coletiva de imprensa na Casa Branca.
"Eu estou preparado para receber críticas construtivas do meu partido para poder fazer algo", disse Obama. "Espero que a outra parte esteja disposta a fazer o mesmo", completou.
Obama afirmou sua intenção de reunir-se "todos os dias" com seus adversários republicanos "para chegar a um acordo antes do dia 2 de agosto".
"Estamos todos de acordo para aproveitar essa ocasião com o objetivo de fazer algo significativo sobre a dívida e os déficits", afirmou.
O governo pretende conseguir um acordo que lhe permita alterar o limite da dívida pública, estabelecido legalmente em 14,29 trilhões de dólares - já alcançado em meados de maio - e continua crescendo ao ritmo do déficit orçamentário, que este ano deve ficar em 1,6 trilhão de dólares. O Departamento do Tesouro advertiu que no caso de esse teto não se modificar, o país entrará em moratória ('default') em 2 de agosto.
Os participantes da reunião do Fed sobre política monetária de 21-22 de junho enfatizaram que "mesmo um atraso no pagamento das obrigações de dívida do Departamento do Tesouro provavelmente causará severos transtornos e podem também ter um efeito duradouro sobre o custo do endividamento dos Estados Unidos".