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Distúrbios durante protestos no Egito deixam um morto

Pelo menos uma pessoa morreu e oito ficaram feridas durante os protestos convocados pelos islamitas a favor do ex-presidente egípcio Mohamed Mursi


	Protesto da Irmandade Muçulmana no Egito: vítima perdeu a vida em uma manifestação na cidade de Al Fayum, ao sul do Cairo
 (Reuters)

Protesto da Irmandade Muçulmana no Egito: vítima perdeu a vida em uma manifestação na cidade de Al Fayum, ao sul do Cairo (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 13h48.

Cairo - Pelo menos uma pessoa morreu e oito ficaram feridas durante os protestos convocados nesta sexta-feira no Egito pelos islamitas a favor do ex-presidente egípcio Mohamed Mursi, deposto por um golpe de Estado em 3 de julho de 2013, informou em comunicado o Ministério egípcio de Saúde.

O morto, de 40 anos e identificado como Khaled Ibrahim, perdeu a vida em uma manifestação na cidade de Al Fayum, ao sul do Cairo, segundo a agência de notícias "Mena", que não precisou a causa da morte.

Nessa mesma zona, quatro pessoas ficaram feridas por disparos e sete foram detidas pelas forças de segurança, que dispersaram quatro manifestações.

Os agentes antidistúrbios reprimiram com gás lacrimogêneo os manifestantes no bairro de Cidade Nasser, no leste do Cairo, e no de Guiza, no oeste.

Também houve choques na cidade setentrional de Alexandria, onde os islamitas denunciaram que três pessoas sofreram ferimentos pela carga policial, enquanto em outros pontos da capital os manifestantes enfrentaram partidários do Exército com pedras e coquetéis molotov.

Os seguidores de Mursi cantaram palavras de ordem contra o ministro da Defesa, Abdel Fatah al Sisi, e a favor do deposto líder, atualmente na prisão e com várias acusações pendentes.


A Coalizão para a Defesa da Legitimidade, liderada pela Irmandade Muçulmana, convocou hoje uma nova semana de protestos sob o lema "O povo cumpre sua revolução" com o objetivo de "derrubar o golpe de Estado".

Esta campanha coincide com o terceiro aniversário da revolução que explodiu em 25 de janeiro de 2011 e acabou com a queda do presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro do mesmo ano.

As autoridades continuam perseguindo a Irmandade Muçulmana, declarada pelo Governo "grupo terrorista", e hoje detiveram 14 de seus membros por supostamente incitar à violência em várias cidades, informou em comunicado o Ministério egípcio de Interior.

As forças de segurança foram desdobradas hoje em várias zonas do Cairo em previsão de manifestações.

Pelo menos seis policiais egípcios ficaram feridos hoje pela explosão de duas bombas caseiras contra uma patrulha de segurança sobre uma ponte na capital.

O primeiro-ministro egípcio, Hazem al Beblawi, condenou o ataque e assinalou que "essas ações terroristas não prejudicarão a segurança do país e nem impedirão que os egípcios cumpram seus objetivos rumo ao futuro", em alusão ao plano de transição traçado pelos militares após a destituição de Mursi.

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