África do Sul: "Foram efetuados disparos contra uma massa enfurecida que estava atacando a delegacia", afirmou o coronel Motantsi Makhele. (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 15h39.
Johanesburgo - Pelo menos duas pessoas morreram, nove ficaram feridas e 259 foram detidas nos três dias de violentos distúrbios na cidade centro-oriental sul-africana de Sasolburg, na província de Free State, informaram fontes policiais nesta quarta-feira.
A Polícia provincial, citada pela agência de notícias local "Sapa", relatou que a violência e o caos tomaram conta de Sasolburg no último domingo, quando os moradores começaram um protesto supostamente contra os planos das autoridades de unir dois municípios vizinhos.
Nesta quarta, os agentes conseguiram recuperar o controle da cidade, depois de mais de 48 horas de destruição, saques a comércio e até uma tentativa de queimar a delegacia local.
"Foram efetuados disparos contra uma massa enfurecida que estava atacando a delegacia, em uma tentativa de proteger a vida e a propriedade dos agentes", afirmou o coronel Motantsi Makhele.
No entanto, segundo a "Sapa", a primeira vítima morreu como consequência de um disparo efetuado por um motorista que tinha sido obrigado a parar pela multidão, e a segunda, por causa de um tiro realizado pelo proprietário do local que estava atacando.
Por sua vez, a diretora do Instituto para as Relações Raciais da África do Sul (SAIRR), Lucy Holborn, afirmou à Agência Efe que a precária situação social e econômica na qual vive a maioria da população local foi o principal motivo da revolta.
De acordo com um documento enviado pelo SAIRR à imprensa, 55% dos moradores da região de Metsimaholo - à qual pertence Sasolburg - tem uma renda inferior ao equivalente em moeda local a R$ 108,5 mensais.