Diretor da CIA admite uso de métodos abomináveis em detidos
John Brennan disse que alguns agentes usaram métodos “abomináveis” em detidos capturados após os atentados de 11 de setembro
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2014 às 19h49.
Langley - O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos ( CIA ), John Brennan, disse nesta quinta-feira que alguns agentes usaram métodos “abomináveis” em detidos capturados após os atentados de 11 de setembro de 2001 e que é “impossível saber” se as chamadas técnicas intensificadas de interrogatório produziram informações úteis.
Com a agência sob fogo cerrado após a divulgação de um relatório do Senado norte-americano detalhando o uso de tortura da CIA em detidos após o 11 de Setembro, Brennan rejeitou a conclusão do documento de que a agência enganou a Casa Branca, o Congresso e o público sobre seu programa de interrogatório.
“Nossas análises indicam que a detenção e o programa de interrogatório produziram inteligência útil que ajudou os EUA a evitarem planos de ataque, a capturar terroristas e a salvar vidas”, afirmou Brennan em uma coletiva de imprensa na sede da agência, no Estado da Virgínia.
“Mas deixem que eu seja claro. Não concluímos que foi o uso das EITs (técnicas intensificadas de interrogatório) naquele programa que nos permitiu obter informações úteis dos detidos sujeitos a elas”, disse.
“A relação de causa e efeito entre o uso das EITs e as informações úteis fornecidas posteriormente pelo detido é, em minha opinião, impossível de saber”, completou.
Na terça-feira, o Comitê de Inteligência do Senado publicou o relatório de uma investigação de cinco anos que revelou que a CIA ludibriou a Casa Branca e o público a respeito de seu programa de interrogatório, e que estas práticas foram mais brutais e disseminadas do que a agência havia admitido.
“Em um número limitado de casos, agentes usaram técnicas de interrogatório que não tinham sido autorizadas, eram abomináveis e devem ser repudiadas por todos com razão. E deixamos a desejar quando se tratou de responsabilizar alguns agentes por seus erros”, declarou Brennan.
Mas o chefe da CIA também afirmou que “a imensa maioria dos agentes envolvidos no programa da CIA cumpriram suas responsabilidades fielmente e de acordo com as diretrizes legais e de política que receberam”.
O comitê do Senado concluiu que a agência foi incapaz de deter um complô sequer apesar de torturar detidos da Al Qaeda e outros em instalações secretas por todo o mundo entre 2002 e 2006, quando George W. Bush era presidente.
Encontrando Bin Laden
Brennan declarou que a CIA acredita que as informações obtidas dos detentos submetidos a interrogatórios intensificados ajudaram a localizar o chefe da Al Qaeda, Osama bin Laden, morto em uma operação dos EUA no Paquistão em 2011, mas admitiu não estar claro se a inteligência poderia ter sido adquirida sem usar tais métodos.
O diretor disse ser “lamentável” que o comitê do Senado não tenha interrogado agentes da CIA envolvidos no programa de interrogatório e que o painel não tenha conseguido chegar a um consenso bipartidário sobre o relatório – democratas do comitê emitiram o documento sem apoio da minoria de republicanos no comitê.
Indagado se considera que alguns dos métodos usados por interrogadores da CIA são tortura, Brennan afirmou que deixará que outros rotulem o que ocorreu.
Langley - O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos ( CIA ), John Brennan, disse nesta quinta-feira que alguns agentes usaram métodos “abomináveis” em detidos capturados após os atentados de 11 de setembro de 2001 e que é “impossível saber” se as chamadas técnicas intensificadas de interrogatório produziram informações úteis.
Com a agência sob fogo cerrado após a divulgação de um relatório do Senado norte-americano detalhando o uso de tortura da CIA em detidos após o 11 de Setembro, Brennan rejeitou a conclusão do documento de que a agência enganou a Casa Branca, o Congresso e o público sobre seu programa de interrogatório.
“Nossas análises indicam que a detenção e o programa de interrogatório produziram inteligência útil que ajudou os EUA a evitarem planos de ataque, a capturar terroristas e a salvar vidas”, afirmou Brennan em uma coletiva de imprensa na sede da agência, no Estado da Virgínia.
“Mas deixem que eu seja claro. Não concluímos que foi o uso das EITs (técnicas intensificadas de interrogatório) naquele programa que nos permitiu obter informações úteis dos detidos sujeitos a elas”, disse.
“A relação de causa e efeito entre o uso das EITs e as informações úteis fornecidas posteriormente pelo detido é, em minha opinião, impossível de saber”, completou.
Na terça-feira, o Comitê de Inteligência do Senado publicou o relatório de uma investigação de cinco anos que revelou que a CIA ludibriou a Casa Branca e o público a respeito de seu programa de interrogatório, e que estas práticas foram mais brutais e disseminadas do que a agência havia admitido.
“Em um número limitado de casos, agentes usaram técnicas de interrogatório que não tinham sido autorizadas, eram abomináveis e devem ser repudiadas por todos com razão. E deixamos a desejar quando se tratou de responsabilizar alguns agentes por seus erros”, declarou Brennan.
Mas o chefe da CIA também afirmou que “a imensa maioria dos agentes envolvidos no programa da CIA cumpriram suas responsabilidades fielmente e de acordo com as diretrizes legais e de política que receberam”.
O comitê do Senado concluiu que a agência foi incapaz de deter um complô sequer apesar de torturar detidos da Al Qaeda e outros em instalações secretas por todo o mundo entre 2002 e 2006, quando George W. Bush era presidente.
Encontrando Bin Laden
Brennan declarou que a CIA acredita que as informações obtidas dos detentos submetidos a interrogatórios intensificados ajudaram a localizar o chefe da Al Qaeda, Osama bin Laden, morto em uma operação dos EUA no Paquistão em 2011, mas admitiu não estar claro se a inteligência poderia ter sido adquirida sem usar tais métodos.
O diretor disse ser “lamentável” que o comitê do Senado não tenha interrogado agentes da CIA envolvidos no programa de interrogatório e que o painel não tenha conseguido chegar a um consenso bipartidário sobre o relatório – democratas do comitê emitiram o documento sem apoio da minoria de republicanos no comitê.
Indagado se considera que alguns dos métodos usados por interrogadores da CIA são tortura, Brennan afirmou que deixará que outros rotulem o que ocorreu.