Farc: "Haverá uma boa quota de mulheres, etnias e todas as expressões do novo movimento" (John Vizcaino/Reuters)
EFE
Publicado em 1 de setembro de 2017 às 16h11.
Bogotá - A direção do partido político Força Alternativa Revolucionária do Comum, que surgiu após a desmobilização da guerrilha das Farc, estará composta por 111 integrantes, entre eles várias mulheres, indicaram nesta sexta-feira os líderes do movimento.
"Haverá uma boa quota de mulheres, etnias e todas as expressões do novo movimento. O nosso partido é democrático, queremos ser exemplo da democracia que a Colômbia necessita", disse Jorge Torres Victoria, conhecido como "Pablo Catatumbo", na coletiva de imprensa na qual as Farc apresentaram as conclusões do congresso para entrar na vida política.
Já Luciano Marín Arango, conhecido como "Iván Márquez", comentou que ao aceitar "mudar as balas pelos votos", os ex-guerrilheiros entendem que a disputa política "será dura", por isso buscarão uma "grande coalizão democrática" para as eleições de 2018 com o objetivo de "ser Governo ou parte dele."
Na coletiva de imprensa, o grande ausente foi o máximo líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, chamado de "Timochenko", que se recupera de vários problemas de saúde.
No entanto, "Pablo Catatumbo" precisou que o congresso das Farc "ratificou a liderança de 'Timochenko' e de todo o estado maior anterior".
Além disso, acrescentou que "no novo partido vai contar com uma direção coletiva, como foi sempre um dos princípios da nossa organização".
A esse respeito, Griselda Lobo, chamada de "Sandra Ramírez", viúva do líder histórico das Farc, Pedro Antonio Marín, conhecido como "Tirofijo" ou "Manuel Marulanda", explicou que para estabelecer os pormenores da gestão colegiada, será feita uma reunião na qual será estabelecido se o partido político "terá diretor nacional ou secretário-geral".