Mundo

Diplomata diz que plano político deve ser feito pelos sírios

A chefe da diplomacia comunitária mostrou esperança com a retomada das conversas de paz em Genebra, cuja próxima rodada está prevista para o começo de abril


	Síria: o regime sírio parece defender adiá nova rodada de conversas até após as eleições parlamentares, convocadas para 13 de abril
 (Abdalrhman Ismail / Reuters)

Síria: o regime sírio parece defender adiá nova rodada de conversas até após as eleições parlamentares, convocadas para 13 de abril (Abdalrhman Ismail / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2016 às 12h06.

Beirute - A alta representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Federica Mogherini, afirmou nesta segunda-feira em Beirute que as distintas facções sírias são as que "devem elaborar um plano político para pôr fim ao conflito".

Em entrevista coletiva em Beirute, onde está em visita oficial, a chefe da diplomacia comunitária mostrou esperança com a retomada das conversas de paz em Genebra, cuja próxima rodada está prevista para o começo de abril.

No entanto, o regime sírio parece defender adiá-la até após as eleições parlamentares, convocadas para 13 de abril, o que é criticado pela oposição.

Há três dias, o mediador da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, disse que enquanto a oposição entrou rapidamente em questões de fundo para uma transição política, o governo insiste em resolver questões de procedimento.

Mogherini ressaltou que compartilha com o Líbano a convicção de que "o pluralismo é o ponto forte de nossas sociedades".

"Sei que isto é difícil atualmente, mas devemos demonstrar que a coexistência é possível apesar de nossas diferenças", acrescentou em seu pronunciamento junto do ministro libanês de Relações Exteriores, Gebran Basil.

O chefe da diplomacia do Líbano destacou que "a solução política na Síria é a única que permitirá resolver a crise dos refugiados".

Basil indicou que o Líbano não forçou nenhum refugiado a deixar o país, em alusão à medida adotada pela UE, mas acrescentou que "o assentamento definitivo dos refugiados sírios não está autorizado pela Constituição".

As autoridades libanesas temem que a comunidade internacional busque assentar definitivamente os refugiados sírios no país, onde, segundo a Acnur, há 1,1 milhão de deslocados, número que o governo libanês eleva para entre um milhão e meio e dois milhões.

A esse respeito, Mogherini garantiu que a UE continuará ajudando o Líbano a enfrentar a crise dos refugiados e apoiando a estabilidade neste país.

A alta representante da UE para a Política Externa se reuniu em Beirute também com o primeiro-ministro, Tamam Salam.

Ela ainda se reunirá com o presidente do parlamento, Nabih Berri, e visitará um campo informal e uma escola pública com refugiados sírios.

Acompanhe tudo sobre:EuropaNegociaçõesSíriaUnião Europeia

Mais de Mundo

Human Rights Watch discorda da proposta de Lula, Petro e Obrador por novas eleições na Venezuela

Edição autografada de livro de Trump com foto icônica vai custar R$ 2,7 mil

Soldado dos EUA vai se declarar culpado por fugir para a Coreia do Norte

Canadá aplica tarifa de 100% sobre carros elétricos da China

Mais na Exame