Mundo

Dinamarca prorroga controles de fronteira até 3 de abril

A medida, permitida pelas normas de Schengen para casos excepcionais, entrou em vigor na Dinamarca em 4 de janeiro


	Refugiados: o governo endureceu a política de asilo desde agosto com reformas como a polêmica proposta para confiscar pertences dos migrantes
 (Roberta Atanasovski / AFP)

Refugiados: o governo endureceu a política de asilo desde agosto com reformas como a polêmica proposta para confiscar pertences dos migrantes (Roberta Atanasovski / AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 12h24.

Bruxelas - A Comissão Europeia (CE) informou nesta quinta-feira que foi notificada pela Dinamarca da intenção de prorrogar os controles fronteiriços internos até 3 de abril por causa da crise de refugiados.

"A Comissão Europeia recebeu esta manhã uma carta das autoridades dinamarquesas em que expressaram sua intenção de prolongar até 3 de abril de 2016 os controles temporários em virtude do artigo 24 do código de fronteiras", afirmou em entrevista coletiva a porta-voz comunitária de Interior, Natasha Bertaud.

A porta-voz lembrou que a Dinamarca já tinha apontado esta possibilidade em fevereiro.

A medida, permitida pelas normas de Schengen para casos excepcionais, entrou em vigor na Dinamarca em 4 de janeiro, em resposta à entrada em vigor horas antes de uma lei sueca que obriga às empresas transportadoras que viajam por terra e mar desde a Dinamarca a só aceitar passageiros com documentos de identidade.

As autoridades dinamarquesas prorrogaram desde então os controles três vezes, apelando a uma cláusula especial do regulamento de livre mobilidade de Schengen para o caso de ameaça à segurança interna.

O governo liberal, de minoria, endureceu a política de asilo desde agosto, com várias reformas legais, a última delas uma polêmica proposta para confiscar dinheiro e objetos de valor dos solicitantes de asilo com o argumento de custear sua estadia e de limitação do reagrupamento familiar.

A Dinamarca recebeu ano passado 21 mil solicitantes de asilo, um terço a mais do que em 2014, embora um número inferior ao do resto de países escandinavos, principalmente da Suécia, que com 163 mil peticionários apresentou a mais alta taxa per capita da União Europeia (UE).

Também recorreram à reintrodução de controles internos temporários Suécia, Alemanha, Áustria e Noruega.

A França também reintroduziu os controles temporários por motivos de segurança, mas não devido à crise de refugiados, mas pelos atentados em Paris.

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasDinamarcaEuropaPaíses ricosRefugiados

Mais de Mundo

Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Entenda como seria o processo para substituir Joe Biden como candidato democrata

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Mais na Exame