Dina Boluarte, nova presidente do Peru, não descarta eleições antecipadas
"Existem algumas vozes que indicam eleições antecipadas, acredito que a ascensão à Presidência é para reorientar o que acontece no país", disse Boluarte, que assumiu o poder após o impeachment de Pedro Castillo
AFP
Publicado em 8 de dezembro de 2022 às 18h35.
Última atualização em 8 de dezembro de 2022 às 18h58.
A nova presidente do Peru, Dina Boluarte, disse nesta quinta-feira, 8, que cogita a possibilidade de convocar eleições gerais antecipadas se fracassar a trégua política que pediu para superar a crise crônica no país, que teve seis presidentes desde 2017.
"Existem algumas vozes que indicam eleições antecipadas, acredito que a ascensão à Presidência é para reorientar o que acontece no país", disse Boluarte, que assumiu o poder após o impeachment de Pedro Castillo na quarta-feira, após uma tentativa fracassada de autogolpe de Estado.
Boluarte reiterou o pedido de uma trégua política e informou que ainda não escolheu seu chefe de gabinete e seu governo, em sua primeira coletiva de imprensa na sede do Executivo.
No entanto, não descartou convocar eleições gerais antecipadas antes do fim de seu mandato, em julho de 2026.
"Mais adiante, em coordenação com outras organizações, veremos alternativas de como melhor reorientar os destinos do país", respondeu Boluarte ao ser questionada se pretende convocar eleições no curto prazo.
Durante sua posse no Congresso, na quarta-feira, Boluarte disse que governaria até a data prevista para o fim de mandato do ex-presidente Castillo, julho de 2026.
Mas centenas de manifestantes foram às ruas de Ayacucho e Puno para pedir eleições gerais e a renovação do Congresso, segundo imagens de emissoras locais.
Ayacucho e Puno são duas das regiões dos Andes do sul do Peru onde Castillo, um professor rural, recebeu grande parte do voto popular em 2021.
Em Lima, centenas de apoiadores de Castillo também pediram na quarta-feira novas eleições.
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