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Dilma se reunirá com Cristina Kirchner em Buenos Aires

O encontro está marcado para o dia 25


	Dilma Rousseff e Cristina Kirchner: as presidentes discutirão assuntos relativos à relação bilateral, que atravessa por algumas turbulências no que se refere ao comércio
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma Rousseff e Cristina Kirchner: as presidentes discutirão assuntos relativos à relação bilateral, que atravessa por algumas turbulências no que se refere ao comércio (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2013 às 11h45.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff se reunirá no dia 25 de abril em Buenos Aires com a chefe de Estado argentina, Cristina Kirchner, informaram nesta quinta-feira à Agência Efe fontes oficiais.

A reunião entre as duas governantes estava prevista para 7 de março na cidade argentina de Calafate, mas foi suspensa devido à morte do presidente venezuelano Hugo Chávez, dois dias antes.

Fontes da presidência brasileira consultadas pela Efe disseram hoje que as presidentas discutirão assuntos relativos à relação bilateral, que atravessa por algumas turbulências no que se refere ao comércio, e outros vinculados ao Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

A reunião ocorrerá quatro dias depois das eleições no Paraguai, país que está suspenso desde junho passado do bloco que também integram Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela, este último incorporado ao mesmo tempo que se puniu o governo paraguaio.

A suspensão do Paraguai foi estipulada depois da fulminante cassação do então presidente Fernando Lugo que, segundo o bloco, interrompeu a "ordem democrática", e a readmissão do país depende justamente das eleições do próximo dia 21.

No plano bilateral, Dilma tem um especial interesse em discutir com Cristina a relação comercial e o impacto que tiveram as polêmicas barreiras que a Argentina impôs nos últimos meses.

Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse perante o Congresso que o comércio com a Argentina é atualmente "menos do que satisfatório", devido a essas barreiras.


"Não estamos mal, mas há áreas problemáticas que requerem maior atenção", declarou o chanceler, quem fez-se eco de queixas de setores industriais que protestam pela "acentuada" queda que tiveram as exportações brasileiras para a Argentina.

Segundo Patriota, as vendas do Brasil a seu principal parceiro na América Latina e dentro do Mercosul caíram 22% em 2012, quando o superávit que o país tinha em seu comércio com a Argentina se reduziu a US$ 1,5 bilhões.

Esse investimento no fluxo comercial se manteve e aprofundou no primeiro trimestre deste ano, um período no que a Argentina passou a ter um superávit de US$ 82 milhões em sua relação com o Brasil.

O ministro disse que as áreas de "calçados e têxteis têm sido particularmente afetadas por medidas restritivas" impostas pelo governo argentino, entre as quais citou polêmicas licenças de importação não automáticas.

Além disso, Patriota disse que surgiram "sinais de preocupação" por supostos "benefícios a terceiros países" por parte da Argentina, com o que aludiu a denúncias feitas por industriais brasileiros, os quais sustentam que o país vizinho está oferecendo à China uma série de vantagens comerciais.

Segundo Patriota, se esse "desvio de comércio" fosse comprovado, seriam práticas "contrárias às tentativas de fortalecer o Mercosul". 

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