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Dilma se confunde ao falar de programa nuclear do Irã

De acordo com sua assessoria, ela reconhece que quis dizer que o Irã "controla a tecnologia nuclear" e não as armas

Na entrevista, a ex-ministra defendeu o uso pacífico da tecnologia (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

Porto Alegre - A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira que o Irã "controla armas nucleares". De acordo com sua assessoria, ela reconhece que houve engano e quis dizer que o Irã "controla a tecnologia nuclear" e não as armas.

O país islâmico nega que desenvolva esse tipo de armamento e está em meio a exame das potências mundiais. O governo iraniano afirma que seu programa nuclear tem apenas fins pacíficos.

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"O Irã não é uma civilização como a iraquiana. É um país com mais de 70 milhões de habitantes. Controla armas nucleares e tem posicionamento internacional expressivo na região", disse Dilma pela manhã em entrevista à RBS.

No fim da tarde, sua assessoria informou que ela se confundiu, pretendendo dizer "tecnologia nuclear".

Na entrevista, ela defendeu o uso pacífico da tecnologia. "A tentativa de construir um caminho em que haja o abandono de armas nucleares como armas de agressão e passe a ser pura e simplesmente pacífico (o uso) da energia nuclear é bom para o mundo inteiro", completou.

A pré-candidata declarou que a participação do Brasil em conversações com o governo do Irã ajuda a evitar que o país islâmico se transforme em uma "região conflagrada". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita o Irã entre os dias 15 e 17 de maio. Ele viaja nesta noite rumo a Moscou e, antes do Irã, visita o Catar.

"O Brasil não concorda em transformar o Irã em uma região conflagrada", disse a ex-ministra.

Para Dilma, é preciso evitar a experiência de intervenção internacional no Iraque, pois além dos prejuízos aos habitantes locais, existiria uma situação geopolítica mais delicada.

Lideradas pelos EUA, potências ocidentais acusam Teerã de buscar a fabricação de armas nucleares e defendem a aplicação de uma quarta rodada de sanções contra o país persa pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O Brasil, que atualmente ocupa um assento temporário no Conselho de Segurança da ONU, é contra a imposição de sanções ao Irã e tem se aproximado de Teerã na tentativa de encontrar uma solução negociada para o impasse.

A Constituição brasileira proíbe a fabricação da bomba atômica. O país tem um programa nuclear para a geração de energia, e, sob o governo Lula, tem procurado ampliar seu papel em assuntos globais.

Críticos da posição brasileira em relação ao Irã afirmam que a República Islâmica tem se aproveitado dessa intenção para ganhar tempo e adiar a imposição de sanções.

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