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Dilma não levará Rio+20 à reunião do G20, diz ministra

"O papel do G20 é o curto prazo, discutir crise, questões estratégicas de países de um grupo", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira

O Brasil, que lidera as negociações como anfitrião da conferência, tentará fechar nesta segunda-feira um acordo para o texto-base (Reuters / Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 15h40.

Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff não vai realizar discussões sobre a Rio+20 na cúpula do G20 no México, afirmou nesta segunda-feira a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que classificou como "um equívoco" a ideia de que a presidente poderia tentar salvar a conferência de desenvolvimento sustentável em um fórum que está focado em soluções econômicas a curto prazo.

"O papel do G20 é o curto prazo, discutir crise, questões estratégicas de países de um grupo. É um equívoco falar que a presidente Dilma vai negociar ONU no G20. Isso não existe e não tem procedência"“, disse a ministra a jornalistas.

O embaixador Luiz Alberto Figueiredo, um dos negociadores-chefe do Brasil na Rio+20, disse na sexta-feira que Dilma viajaria ao México com uma "informação completa" sobre as negociações da conferência e que a presidente vinha discutido temas relacionados ao evento em suas conversas com outros líderes mundiais.

O Brasil, que lidera as negociações como anfitrião da conferência, tentará fechar nesta segunda-feira um acordo para o texto-base que será apresentado aos chefes de Estado para a reunião de cúpula da Rio+20, a partir de quarta-feira.


A reafirmação dos pontos da agenda 21, acertada há vinte anos na Eco 92, e os princípios do Rio, além das questões relacionadas a financiamento e transferência de tecnologia continuam como obstáculos para um texto de consenso.

A ministra Izabella, no entanto, reforçou seu otimismo com o andamento das negociações e com o sucesso da conferência. Segundo ela, no momento há mais pontos de convergência do que de divergência entre os países.

"Tenho a firme convicção de que as negociações são muito positivas e ele (o texto) está muito mais positivo que o expresso por muitos", afirmou. "Nas reuniões bilaterais com os ministros eles se dizem e insistem que querem um resultado positivo e trabalham para isso. Daí o meu otimismo."

"Textos estão sendo colocados e é natural que haja reações, ofereçam textos, sentar para mudanças. Assim é a ONU... Nossa expectativa com relação a Rio+20 é extremamente ambiciosa na visão de médio e longo prazos", acrescentou.

"Falácia"

A ministra também voltou a reforçar o papel preponderante do Brasil na oferta global de alimentos nos próximos anos, podendo chegar a 20 por cento da demanda global. De acordo com Izabella, o Brasil poderá ampliar sua oferta de alimentos sem aumentar o desmatamento ou comprometer seu programa de biocombustíveis.

"“É falsa essa afirmação e é pobre usar a questão ambiental nessa discussão. O Brasil pode expandir sem comprometer a sua produção de alimentos", afirmou.

"Estamos adotando mecanismos de planejamento ambiental e de uso do território para fazer isso com objetividade. Quem não quer escolher a pauta de renováveis e biocombustíveis e que uso isso para dizer que estamos substituindo áreas de alimentos ou florestas por áreas de combustível. Não se planta cana na Amazônia. Isso é uma falácia. Até porque a natureza não deixa. Falamos de uma produção sustentável."

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Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff não vai realizar discussões sobre a Rio+20 na cúpula do G20 no México, afirmou nesta segunda-feira a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que classificou como "um equívoco" a ideia de que a presidente poderia tentar salvar a conferência de desenvolvimento sustentável em um fórum que está focado em soluções econômicas a curto prazo.

"O papel do G20 é o curto prazo, discutir crise, questões estratégicas de países de um grupo. É um equívoco falar que a presidente Dilma vai negociar ONU no G20. Isso não existe e não tem procedência"“, disse a ministra a jornalistas.

O embaixador Luiz Alberto Figueiredo, um dos negociadores-chefe do Brasil na Rio+20, disse na sexta-feira que Dilma viajaria ao México com uma "informação completa" sobre as negociações da conferência e que a presidente vinha discutido temas relacionados ao evento em suas conversas com outros líderes mundiais.

O Brasil, que lidera as negociações como anfitrião da conferência, tentará fechar nesta segunda-feira um acordo para o texto-base que será apresentado aos chefes de Estado para a reunião de cúpula da Rio+20, a partir de quarta-feira.


A reafirmação dos pontos da agenda 21, acertada há vinte anos na Eco 92, e os princípios do Rio, além das questões relacionadas a financiamento e transferência de tecnologia continuam como obstáculos para um texto de consenso.

A ministra Izabella, no entanto, reforçou seu otimismo com o andamento das negociações e com o sucesso da conferência. Segundo ela, no momento há mais pontos de convergência do que de divergência entre os países.

"Tenho a firme convicção de que as negociações são muito positivas e ele (o texto) está muito mais positivo que o expresso por muitos", afirmou. "Nas reuniões bilaterais com os ministros eles se dizem e insistem que querem um resultado positivo e trabalham para isso. Daí o meu otimismo."

"Textos estão sendo colocados e é natural que haja reações, ofereçam textos, sentar para mudanças. Assim é a ONU... Nossa expectativa com relação a Rio+20 é extremamente ambiciosa na visão de médio e longo prazos", acrescentou.

"Falácia"

A ministra também voltou a reforçar o papel preponderante do Brasil na oferta global de alimentos nos próximos anos, podendo chegar a 20 por cento da demanda global. De acordo com Izabella, o Brasil poderá ampliar sua oferta de alimentos sem aumentar o desmatamento ou comprometer seu programa de biocombustíveis.

"“É falsa essa afirmação e é pobre usar a questão ambiental nessa discussão. O Brasil pode expandir sem comprometer a sua produção de alimentos", afirmou.

"Estamos adotando mecanismos de planejamento ambiental e de uso do território para fazer isso com objetividade. Quem não quer escolher a pauta de renováveis e biocombustíveis e que uso isso para dizer que estamos substituindo áreas de alimentos ou florestas por áreas de combustível. Não se planta cana na Amazônia. Isso é uma falácia. Até porque a natureza não deixa. Falamos de uma produção sustentável."

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