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Dilma garante que manterá regime de câmbio flutuante

Em entrevista ao Jornal Nacional, Dilma se comprometeu a manter os pilares da economia

A presidenta afirmou que tem compromisso forte com os pilares da estabilidade macroeconômica (AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2010 às 21h00.

São Paulo - A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) assegurou hoje que seu governo vai manter o regime de câmbio flutuante e rechaçou qualquer possibilidade de adotar a política de câmbio fixo. Em entrevista ao Jornal Nacional, Dilma se comprometeu a manter os pilares da economia, destacou a importância de acumular reservas internacionais para evitar ataques especulativos e admitiu a existência de uma guerra cambial entre os países e moedas subvalorizadas de forma artificial.

"Eu tenho compromisso forte com a questão dos pilares da estabilidade macroeconômica, como o câmbio flutuante. Nós temos hoje uma quantidade de reservas que permite que a gente se proteja, inclusive, em relação a qualquer tipo de guerra ou manipulação internacional", afirmou. "Não acredito que manipular câmbio resolva coisa alguma. Temos uma péssima experiência disso pelas mãos do governo e do Banco Central. O câmbio fixo levou a Argentina e quase nos levou a uma situação de crise muito grande", disse. "Indícios de que há hoje no mundo uma guerra cambial são muito fortes, que há moedas subvalorizadas. Acredito que uma das coisas importantes são as reuniões multilaterais e que fique claro que nós, por exemplo, iremos usar de todas as armas para impedir o dumping, política de preços que prejudique as indústrias brasileiras."

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Dilma disse que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou hoje para parabenizá-la pela eleição e que manifestou preocupação com as taxas de desemprego registradas em seu país. "Hoje inclusive o presidente do Obama me cumprimentou e externou preocupação com as taxas de desemprego nos Estados Unidos, bastante preocupado com a economia americana no que se refere à sua recuperação", afirmou.

A presidente eleita disse não ser aceitável que os ajustes em países que estejam passando por crises sejam feitos de forma a prejudicar outras economias. "Acredito também que iremos passar por um momento em que mundo vai estar com nível de crescimento menor", afirmou. "Acredito que também o ajuste das economias internacionais não pode ser feito com base em desvalorizações competitivas, que você tenta ganhar o seu ajuste com base nas contas do resto do mundo. Também não está certo."

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