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Dilma apela a aliados para evitar novos gastos

Presidente quer que aliados não aprovem despesas novas e derrubem qualquer proposta de aumento salarial no Congresso Nacional

Dilma cobrou responsabilidade para o Brasil conseguir enfrentar o impacto da crise econômica mundial, definida por ela como "gravíssima" (Wilson Dias/ABr)

Dilma cobrou responsabilidade para o Brasil conseguir enfrentar o impacto da crise econômica mundial, definida por ela como "gravíssima" (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 09h19.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, aproveitaram a reunião de ontem do Conselho Político do governo para pedir aos aliados que não aprovem despesas novas e derrubem qualquer proposta de aumento salarial no Congresso Nacional. Dilma cobrou responsabilidade para o Brasil conseguir enfrentar o impacto da crise econômica mundial, definida por ela como "gravíssima".

Em tom incisivo, Mantega disse que, se o Congresso aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) regulamentando um piso nacional de salários para policiais e bombeiros, a chamada PEC 300, o efeito no Brasil será "catastrófico". O ministro chegou até a comparar as consequências do eventual aumento ao clima de fim de mundo observado com a turbulência global nos últimos dias.

Na avaliação de Mantega, reajustes salariais para o Judiciário provocariam "efeito cascata" - já que entidades como Ministério Público e Polícia Federal tendem a reivindicar o mesmo aumento -, inviabilizando o equilíbrio das contas públicas.

O ministro já havia feito apelo semelhante na véspera, quando participou de uma audiência na Câmara para discutir a nova crise financeira internacional. Mantega deixou claro que tanto o Congresso como o Judiciário terão que ajudar o Executivo a manter as contas equilibradas.

Preocupada com as insatisfações na base aliada, Dilma também fez um apelo pela unidade e "compreensão". Afirmou que os aliados não podem deixar caducar o projeto que prevê a prorrogação, por mais quatro anos, do mecanismo que permite ao governo manejar livremente 20% dos recursos do Orçamento federal, a Desvinculação de Receitas da União (DRU).

A proposta precisa ser votada até dezembro, quando expira a vigência atual do mecanismo. "A DRU é fundamental para nós", disse Dilma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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