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Dilma: ajuste fiscal não evita dólar cair por problema global

Candidata defende que melhora da competitividade na indústria é a melhor forma de compensar a valorização da moeda

Para a candidata do PT, Dilma Rousseff, o aumento de IOF serve apenas para conter a especulação (Arquivo)

Para a candidata do PT, Dilma Rousseff, o aumento de IOF serve apenas para conter a especulação (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

Rio de Janeiro - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, defendeu nesta quarta-feira o aumento do IOF para "conter especulações" no mercado de câmbio e avaliou que um eventual ajuste fiscal não resolveria o problema da queda do dólar enquanto a moeda norte-americana perde valor em todo o mundo.

"Acho que o IOF sempre foi uma das medidas também para impedir mais a especulação do que qualquer outra coisa, inibir a especulação", disse a jornalistas em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

A candidata afirmou que um ajuste fiscal não teria efeito de evitar a baixa do dólar. "A questão do câmbio diz respeito, no caso dos Estados Unidos e dos países desenvolvidos, ao fato de eles ainda estarem numa crise profunda", afirmou.

Nesta quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliou que um aperto fiscal seria mais eficaz que medidas de controle de capital .

"Essa crise profunda não vai ser resolvida por ajuste fiscal (em países como o Brasil)... O que nós vamos ter de fazer é aumentar a competitividade da indústria brasileira, tanto através de uma reforma tributária quanto através de um processo de melhoria do endividamento público."

Ao reduzir a dívida, acrescentou a candidata, o país teria condições de viver com juros menores, o que desestimularia a entrada de dólares.

O dólar tem sido cotado nos menores níveis desde 2008, abaixo de 1,70 real. Para tentar frear a valorização da moeda brasileira, o governo ampliou o Imposto sobre Operações Financeiras sobre aplicações estrangeiras em renda fixa.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem reclamado de uma "guerra cambial", com economias avançadas mantendo suas moedas mais fracas para ganhar competitividade comercial.

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