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'Devastamos o programa nuclear iraniano', diz secretário de Defesa dos EUA

Pete Hegseth afirmou que o objetivo da missão era claro: neutralizar o programa nuclear iraniano e evitar o prolongamento do conflito

Ataque dos EUA ao Irã: secretário diz que operação teve meses de planejamento (Chip Somodevilla/AFP)

Ataque dos EUA ao Irã: secretário diz que operação teve meses de planejamento (Chip Somodevilla/AFP)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 22 de junho de 2025 às 09h48.

Última atualização em 22 de junho de 2025 às 09h51.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou neste domingo, 22, que o programa nuclear do Irã foi “devastado” após os ataques realizados na noite de sábado contra três instalações iranianas.

“Devastamos o programa nuclear iraniano. Quando o presidente [Trump] fala, o mundo deve ouvir”, disse Hegseth durante coletiva de imprensa no Pentágono, onde o governo americano detalhou a operação batizada de Midnight Hammer.

Questionado se os ataques representariam uma tentativa de mudança de regime no Irã, Hegseth afirmou que o objetivo da missão era claro: neutralizar o programa nuclear iraniano e evitar o prolongamento do conflito.

“Os Estados Unidos não buscam guerra, mas agirão rapidamente sempre que seus interesses ou os de seus aliados forem ameaçados”, disse o secretário.

Ele reforçou que “apenas a força militar mais poderosa do mundo poderia realizar essa operação” e destacou que o plano envolveu meses de preparação e reposicionamento estratégico.

“A operação planejada pelo presidente Trump foi ousada e brilhante, mostrando ao mundo que a dissuasão americana está de volta”, disse.

O general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, alertou que uma possível retaliação do Irã “será uma escolha muito ruim”.

Sobre a segurança das tropas americanas no Oriente Médio, Caine afirmou que todas as medidas de proteção estão sendo tomadas. “Estamos sendo proativos, não reativos”, disse.

Caine detalhou que os Estados Unidos utilizaram 75 armas de precisão e 125 aeronaves na operação, que não foram detectadas pelas defesas iranianas. Segundo ele, os três alvos sofreram “danos extremos”, embora a avaliação completa ainda esteja em andamento.

“Esta foi uma missão altamente confidencial, com pouquíssimas pessoas em Washington cientes do momento e da natureza da operação”, disse.

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