Detido por atentado de Estocolmo reconhece autoria do ataque
Depoimento de Rakhmat Akilov continuará a portas fechadas, a pedido do promotor
EFE
Publicado em 11 de abril de 2017 às 06h39.
Copenhague - O cidadão uzbeque de 39 anos detido como suposto autor do atentado de sexta-feira passada com um caminhão no centro de Estocolmo , admitiu hoje a um tribunal ser o autor do ataque.
Rakhmat Akilov, cuja identidade já foi confirmada pelas autoridades e que permanece detido desde a madrugada do sábado, aceitou ser culpado da acusação de delito terrorista com assassinato durante seu comparecimento ao juiz, em uma audiência na qual se tinha que decidir se acontece a prisão preventiva.
A pedido do promotor, que apelou para a investigação em andamento, o depoimento continuará a portas fechadas.
Akilov, que tinha ordem de expulsão de Suécia após ser rejeitada em junho sua solicitação de asilo, foi detido horas depois do atentado no subúrbio de Märsta e já então se soube que seus traços coincidiam com os de uma pessoa em uma foto divulgada pela polícia captada no metro após o atentado.
O chefe da Polícia Nacional, Dan Eliasson, reiterou ontem em pronunciamento que tanto as provas técnicas como várias fotografias feitas por câmeras de segurança após o atentado, e os interrogatórios, reforçaram as suspeitas de seu envolvimento no ataque.
As autoridades confirmaram sua simpatia pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI), embora não tenham dado detalhes sobre seus motivos ou sobre se o objeto achado no caminhão que colidiu contra uma loja seja um explosivo.
Segundo a imprensa sueca, Akilov assegurou nos interrogatórios que agiu por ordem direta do EI.
O suspeito solicitou ontem ao tribunal mudar o advogado que lhe foi atribuído por outro de confissão muçulmana sunita, petição que lhe foi negada.
Akilov, que conta com intérprete de russo na audiência, chegou à sala com a cabeça coberta por uma camiseta, segundo a emissora "SVT".
No ataque morreram quatro pessoas - dois suecos, uma belga e um britânico - e 15 ficaram feridas, das quais nove ainda continuam hospitalizadas.