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Idoso de 78 anos pode ser um dos maiores assassinos em série da história

Esses números, dos quais 34 já foram confirmados, situariam Samuel Little como um dos maiores assassinos em série da história

Samuel Little: detento de 78 anos confessou recentemente ter matado 90 pessoas entre 1970 e 2005 nos EUA (YouTube/Reprodução)

Samuel Little: detento de 78 anos confessou recentemente ter matado 90 pessoas entre 1970 e 2005 nos EUA (YouTube/Reprodução)

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EFE

Publicado em 29 de novembro de 2018 às 09h07.

Última atualização em 29 de novembro de 2018 às 11h53.

Washington - Um detento de 78 anos condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos por três assassinatos confessou recentemente ter matado 90 pessoas entre 1970 e 2005, informou nesta quarta-feira o FBI (polícia federal americana).

Esses números, dos quais 34 já foram confirmados, situariam Samuel Little como um dos maiores assassinos em série da história.

Little foi detido em setembro de 2012 em um albergue para pessoas sem-teto no estado do Kentucky e transferido à Califórnia, onde era procurado por crimes relacionados com drogas.

Uma vez em Los Angeles, as autoridades vincularam seu DNA com o encontrado nos assassinatos de três mulheres entre 1987 e 1989, todas elas estranguladas.

Little foi sentenciado a três penas de prisão perpétua por esses três assassinatos, mas a polícia quis compartilhar seu DNA e detalhes de seu modus operandi com o FBI para que realizasse uma investigação mais profunda.

O que o FBI encontrou foi "um alarmante padrão e nexos convincentes com muitos outros assassinatos", na sua maioria "mulheres vulneráveis e marginalizadas" dedicadas à prostituição e viciadas em drogas.

"Às vezes seus corpos não foram identificados e suas mortes nem sequer investigadas", destacou o FBI.

Um dos casos levou o FBI ao Texas. "Encontramos um caso em Odessa que lembrava muito ele e pudemos localizá-lo passando por essa área quase ao mesmo tempo (do assassinato)", disse em comunicado Christina Palazzolo, do FBI.

Acompanhados dos Rangers do Texas, o FBI decidiu interrogar Little na prisão da Califórnia, e o detento aceitou cooperar em troca de uma transferência penitenciária.

"Repassou cidades e estados e entregou aos Rangers o número de pessoas que matou em cada lugar", explicou Palazzolo.

Little lembrava suas vítimas e os assassinatos com grandes detalhes, e foi capaz até de desenhar os rostos de algumas das mulheres, embora sua memória tenha falhado na hora de memorizar as datas e estabelecer uma cronologia.

No total, Little confessou 90 assassinatos em um período de 35 anos e distribuídos por toda a geografia americana. Desses 90, 34 já foram confirmados.

O assassino foi transferido meses depois da sua confissão ao Texas para ser julgado pelo assassinato de Odessa, pelo qual ainda não foi sentenciado.

Segundo o FBI, Little abandonou seus estudos antes de terminar o ensino médio e deixou a casa da família no final dos anos 1950.

Desde então, iniciou um estilo de vida nômade: cruzava o país de ponta a ponta em poucos dias, roubava de cidade em cidade para comprar drogas e álcool, e, quando surgiam seus primeiros problemas com a autoridade, mudava de lugar.

Foi isso, junto ao perfil das suas vítimas e ao fato de que grande parte dos assassinatos ocorreram antes que a criminologia adotasse o DNA, que o ajudou a passar despercebido durante décadas.

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