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Desgaste de manter Palocci atinge Dilma, diz Perillo

Governador de Goiás afirmou que a permanência do ministro afeta a presidência e causa desgaste coletivo

Na visão do governador, será preciso medir a repercussão da decisão da Procuradoria-Geral junto à opinião pública e ver se o ministro consegue se sustentar no ministério (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 14h31.

São Paulo - O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), defendeu hoje o afastamento do ministro Antonio Palocci da Casa Civil. "Se eu fosse o ministro Palocci, talvez eu chegasse à conclusão de que o melhor seria me ausentar do governo", disse o governador, durante seminário do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), realizado em um hotel da zona sul da capital paulista. O governador definiu a atual situação do ministro como "delicada" e afirmou que sua permanência no cargo desgasta o governo. "É uma opinião pessoal e não política", ressaltou.

Indagado pelos empresários sobre a repercussão da evolução patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Perillo evitou as críticas. "Nossa relação com o governo federal é institucional e nós dependemos do apoio do governo federal para os nossos projetos serem definidos nos Estados. Não compete a um gestor do Executivo ficar dando opiniões ou criticando outro parceiro em nível Executivo. Cabe ao Parlamento e aos partidos fazerem isso", desconversou.

Perillo elogiou o ministro e sua relação institucional com os governadores. Ele revelou que recentemente foi recebido pelo ministro graças à intermediação do ex-governador tucano José Serra (SP). "Precisei falar com o Palocci sobre um assunto importante do meu Estado e recorri ao Serra, que é o principal líder do meu partido, para ver se ele tinha alguma relação com o ministro, e ele me disse que poderia tomar a iniciativa", contou. "E eu fui muito bem recebido", ressaltou.

O governador goiano negou que a postura de algumas lideranças do PSDB, como o senador Aécio Neves (MG) e até o ex-governador Serra, de evitar ataques diretos ao ministro, tenha partido de uma decisão conjunta. No entanto, Perillo sugeriu que Palocci reflita sobre a crise gerada pelo episódio. "Acho que ele tem que tomar uma decisão levando em consideração sua consciência, o que a população está pensando deste episódio e a própria questão da governabilidade. Se este assunto desgasta, precisa refletir se ele deve permanecer ou não", afirmou.

Inflação

O tucano se disse "muito preocupado" com o controle da inflação e sugeriu que o governo adote medidas econômicas "amargas", sem especificar quais. "O governo federal tem que tomar todas as medidas, inclusive as medidas amargas, com o nosso apoio, para impedir que a inflação jamais volte", afirmou.

Sem deixar claro se é contra ou à favor do aumento da taxa básica de juros, Perillo defendeu que o governo tome decisões corajosas, independentemente da repercussão negativa imediata. "Eu defendo as medidas necessárias, que não sejam demagógicas, que sejam eficientes e que, mesmo incompreendidas no curto prazo, possam ser benéficas para a sociedade, no médio e no longo prazo", disse.

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São Paulo - O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), defendeu hoje o afastamento do ministro Antonio Palocci da Casa Civil. "Se eu fosse o ministro Palocci, talvez eu chegasse à conclusão de que o melhor seria me ausentar do governo", disse o governador, durante seminário do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), realizado em um hotel da zona sul da capital paulista. O governador definiu a atual situação do ministro como "delicada" e afirmou que sua permanência no cargo desgasta o governo. "É uma opinião pessoal e não política", ressaltou.

Indagado pelos empresários sobre a repercussão da evolução patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Perillo evitou as críticas. "Nossa relação com o governo federal é institucional e nós dependemos do apoio do governo federal para os nossos projetos serem definidos nos Estados. Não compete a um gestor do Executivo ficar dando opiniões ou criticando outro parceiro em nível Executivo. Cabe ao Parlamento e aos partidos fazerem isso", desconversou.

Perillo elogiou o ministro e sua relação institucional com os governadores. Ele revelou que recentemente foi recebido pelo ministro graças à intermediação do ex-governador tucano José Serra (SP). "Precisei falar com o Palocci sobre um assunto importante do meu Estado e recorri ao Serra, que é o principal líder do meu partido, para ver se ele tinha alguma relação com o ministro, e ele me disse que poderia tomar a iniciativa", contou. "E eu fui muito bem recebido", ressaltou.

O governador goiano negou que a postura de algumas lideranças do PSDB, como o senador Aécio Neves (MG) e até o ex-governador Serra, de evitar ataques diretos ao ministro, tenha partido de uma decisão conjunta. No entanto, Perillo sugeriu que Palocci reflita sobre a crise gerada pelo episódio. "Acho que ele tem que tomar uma decisão levando em consideração sua consciência, o que a população está pensando deste episódio e a própria questão da governabilidade. Se este assunto desgasta, precisa refletir se ele deve permanecer ou não", afirmou.

Inflação

O tucano se disse "muito preocupado" com o controle da inflação e sugeriu que o governo adote medidas econômicas "amargas", sem especificar quais. "O governo federal tem que tomar todas as medidas, inclusive as medidas amargas, com o nosso apoio, para impedir que a inflação jamais volte", afirmou.

Sem deixar claro se é contra ou à favor do aumento da taxa básica de juros, Perillo defendeu que o governo tome decisões corajosas, independentemente da repercussão negativa imediata. "Eu defendo as medidas necessárias, que não sejam demagógicas, que sejam eficientes e que, mesmo incompreendidas no curto prazo, possam ser benéficas para a sociedade, no médio e no longo prazo", disse.

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