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Desertor norte-coreano pertencia à elite, diz Coreia do Sul

Governo sul-coreano também afirmou que o militar continua se recuperando dos disparos que recebeu durante a fuga para o Sul

Autoridades sul-coreanas continuam investigando detalhes sobre o soldado e sobre as circunstâncias de sua deserção (United Nations Command/Reuters)
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EFE

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 11h55.

Seul - O soldado norte-coreano que desertou em meados deste mês pertencia à elite de seu exército, indicou nesta terça-feira o governo da Coreia do Sul, que afirmou que o militar continua se recuperando dos disparos que recebeu durante a fuga para o Sul.

O ministro de Unificação sul-coreano, Cho Myoung-gyon, ofereceu hoje em entrevista coletiva novos detalhes sobre o soldado que fugiu para o Sul no último dia 13 de novembro enquanto era alvejado por vários de seus companheiros, um caso que aumentou a tensão bilateral.

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"Só posso dizer que sua saúde melhorou, que está se recuperando muito rápido e que estava lotado na Área de Segurança Conjunta (JSA, na sigla em inglês)", disse o ministro sobre o desertor, que tem 24 anos.

Cho acrescentou que no posto fronteiriço ao qual ele estava designado estão lotados soldados "selecionados da elite" dos exércitos, tanto do Sul como do Norte.

As autoridades sul-coreanas continuam investigando detalhes sobre o soldado e sobre as circunstâncias de sua deserção, segundo Cho, que também destacou a necessidade de respeitar a intimidade do militar na hora de veicular mais informações sobre o caso.

Nesse contexto, o ministro afirmou que Seul não dispõe atualmente de nenhum canal de comunicação aberto com o Norte, e considerou que o incidente do último dia 13 foi "perigoso" e "poderia ter resultado em algo pior".

Por causa da deserção do soldado, o regime norte-coreano reforçou a segurança para evitar outro episódio similar na JSA, o único ponto fronteiriço onde as tropas das duas Coreias ficam frente a frente.

Em sua tentativa por deter o desertor, um dos soldados norte-coreanos chegou inclusive a cruzar rapidamente a linha de demarcação militar que divide a JSA, o que, junto com os disparos que foram realizados em direção ao Sul, supuseram uma violação do cessar-fogo que pôs fim à Guerra da Coreia (1950-1953).

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