PARIS - A crise do emprego alcançou seu teto e o desemprego vai demorar a retroceder, enfatizou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE) em um relatório sobre o tema publicado nesta quarta-feira, em Paris.

O índice de desemprego na zona OCDE (integrado por 30 países democráticos considerados como os mais ricos do mundo) se encontra em seu nível mais alto desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O desemprego alcançou 8,7% em média em março de 2010 (com uma leve baixa a 8,6% em maio 2010), ou seja, 17 milhões a mais de desempregados em 2007, segundo a OCDE, que sugere aos Estados que preservem os meios suficientes para o emprego, apesar das tensões orçamentárias.

"Os recentes dados tendem a indicar que o desemprego alcançou talvez seu ponto mais alto na zona OCDE".

"Dada a gravidade da desaceleração do mercado de trabalho e os riscos sociais e econômicos que isso implica, é importante continuar concedendo fundos apropriados para as políticas de mercado de trabalho", indica a OCDE.

A OCDE insiste também no papel-chave que desemprenham os serviços de reinserção trabalhista e sugere "um maior esforço de investimentos na formação profissional".

No final de 2007, o índice médio de desemprego na OCDE era de 5,7%, o nível mais baixo desde 1980.