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Deputado turco sequestrado é libertado por rebeldes curdos

Huseyin Aygun, membro do Partido Popular Republicano (CHP), principal força de oposição, foi raptado domingo em Tunceli

O deputado turco Huseyin Aygun: esta foi a primeira vez que o PKK sequestrou um membro do Parlamento da Turquia (©AFP / Adem Altan)

O deputado turco Huseyin Aygun: esta foi a primeira vez que o PKK sequestrou um membro do Parlamento da Turquia (©AFP / Adem Altan)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2012 às 14h31.

Ancara - Um deputado turco, sequestrado domingo por rebeldes curdos no sudeste da Turquia, foi libertado nesta terça-feira, anunciou o canal de televisão NTV, citando o governador local.

Huseyin Aygun, membro do Partido Popular Republicano (CHP), principal força de oposição, foi raptado domingo em Tunceli, palco de confrontos entre o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e o Exército. Seu carro foi parado pelos rebeldes na estrada.

Aygun, de 42 anos, foi libertado perto de Ovacik, cidade da província de Tunceli, indicou o governador Mustafa Taskesen à NTV.

"Ele está saudável e deve voltar para Tunceli assim que os processos judiciais forem concluídos", acrescentou.

As forças de segurança turcas lançaram uma operação na segunda-feira para localizar o deputado, em um cenário de intensos confrontos entre rebeldes curdos e tropas turcas na região.

O PKK confirmou em um comunicado que havia "detido" o deputado e pedia as autoridades turcas para encerrar a operação de libertação.

Esta foi a primeira vez que o PKK sequestrou um membro do Parlamento da Turquia desde que lançou em 1984 sua luta pela independência do sudeste da Turquia, habitado principalmente por curdos. O PKK geralmente sequestra trabalhadores comuns, soldados e autoridades locais para garantir a libertação de rebeldes capturados. Os reféns são libertados ilesos.

Em 15 de agosto de 1984, os rebeldes curdos atacaram pela primeira vez unidades do exército e da polícia no sudeste, em Eruh e Semdinli. Desde então, o conflito já custou cerca de 45.000 vidas.

Inicialmente, o PKK tinha a intenção de criar um Curdistão no sudeste, mas evoluiu para defesa dos direitos culturais e democráticos para uma minoria estimada em 20% dos 75 milhões de habitantes da Turquia.

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