Christopher Wylie: em sua chegada ao Capitólio na terça-feira, ele afirmou que responderia aos legisladores a “qualquer coisa que eles perguntem”
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2018 às 06h24.
Última atualização em 25 de abril de 2018 às 07h23.
Os democratas do Comitê de Inteligência da Câmara de Deputados dos Estados Unidos se reúnem nesta quarta-feira a portas fechadas para continuar uma série de entrevistas com Christopher Wylie, ex-funcionário da empresa de análise de dados Cambridge Analytica, que revelou que a empresa havia utilizado milhões de perfis na rede social Facebook para influenciar as eleições de 2016 em favor da campanha de Donald Trump. É o segundo dia de conversas de Wylie com os democratas, que ontem conversou com os congressistas do Comitê judiciário.
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Em sua chegada ao Capitólio na terça-feira, Wylie afirmou que responderia aos legisladores a “qualquer coisa que eles perguntem”. Com esperanças de entender o que aconteceu nas eleições de 2016, e traçar estratégias para o que vem por aí nas eleições de meio termo de 2018, democratas estão entrevistando uma série de testemunhas que não foram selecionadas pela investigação sobre a interferência russa nas eleições. Membros republicanos dos comitês foram convidados a participar das entrevistas, mas preferiram não comparecer.
As tensões entre democratas e republicanos no Congresso aumentaram no último mês, depois que o Comitê de Inteligência, liderado por republicanos, encerrou suas investigações próprias sobre a interferência da Rússia nas eleições. Democratas ficaram furiosos com a decisão, pois acreditam que o Comitê não convocou uma série de testemunhas que eles consideram essenciais ao processo. Outros comitês do Congresso se recusaram a analisar a questão e afirmam que essa é uma investigação que cabe ao conselheiro especial do FBI, Robert Mueller.
Mas as conversas iniciais com Wylie já deixaram preocupação para o partido de Donald Trump. Em um comunicado conjunto após a entrevista com Wylie na terça-feira os legisladores afirmaram que é preciso “fazer mais para entender como atores estrangeiros coletam e usam nossos dados contra nós, e que impacto as mídias sociais têm no processo democrático”. Muitos deputados democratas declararam que as resposta de Wylie ao interrogatório eram “muito perturbadoras”.