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Déficit comercial dos EUA cresce 33% em 2010

A principal causa do aumento são as importações da China

As exportações americanas cresceram 16,6%, mas não conseguiram impedir o déficit (Justin Sullivan/Getty Images)

As exportações americanas cresceram 16,6%, mas não conseguiram impedir o déficit (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 12h57.

Washington - O déficit comercial dos Estados Unidos aumentou em dezembro para o maior nível em quatro meses, segundo dados do governo divulgados nesta sexta-feira. No ano, o déficit subiu quase 33 por cento, à medida que as importações da China atingiram nível recorde.

O saldo negativo da balança comercial em dezembro cresceu quase 6 por cento, para 40,58 bilhões de dólares, levemente acima da mediana das previsões de economistas.

As importações de bens e serviços como um todo atingiram o maior nível desde outubro de 2008 no último mês do ano, enquanto as exportações foram as maiores desde julho de 2008.

As exportações de produtos norte-americanos para a China atingiram o valor recorde de 10,1 bilhões de dólares em dezembro, acumulando 91,9 bilhões de dólares no ano, valor também recorde.

Mas o fluxo forte de vendas no final do ano foi ofuscado por um volume recorde de importações vindas da China, que totalizaram 364,9 bilhões de dólares em 2010 como um todo. Os números levaram o déficit comercial dos EUA com a China no ano para o recorde de 273,1 bilhões de dólares.

A alta dos preços de petróleo também ajudou a ampliar o déficit dos EUA em 2010. O preço médio de petróleo importado subiu para 74,66 dólares o barril, ante 56,93 dólares em 2009.

A importação de bens de consumo, alimentos, ração e bebidas também bateu recordes no ano passado. No geral, as importações de bens e serviços cresceram 19,7 por cento em 2010, para 2,33 trilhões de dólares.

As exportações dos EUA aumentaram 16,6 por cento, para 1,83 trilhão de dólares. Se o ritmo de alta foi mantido, ele permitirá que o país atinja a meta do presidente Barack Obama de dobrar as exportações até 2013.

As exportações de serviços, fornecimentos industriais, bens de consumo e petróleo também alcançaram níveis recordes.

O forte desempenho em serviços levou o superávit do setor para o recorde de 148,7 bilhões de dólares em 2010.

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