Brasil representou pouco mais de 2% do comércio exterior total da UE nos primeiros seis meses de 2011 e foi o nono parceiro comercial mais importante dos 27 (AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2011 às 11h34.
Bruxelas - O déficit comercial da União Europeia (UE) com o Brasil aumentou para 1,6 bilhão de euros no primeiro semestre de 2011, enquanto que no mesmo período do ano anterior ascendia a 100 milhões de euros.
O escritório estatístico europeu, o Eurostat, publicou nesta quinta-feira os dados com vistas à cúpula UE-Brasil que será realizada em Bruxelas em 4 de outubro.
De janeiro a junho, as exportações europeias para o Brasil movimentaram 16,9 bilhões de euros (14,8 bilhões no mesmo período de 2010) e, as importações, 18,5 bilhões (14,9 bilhões no primeiro semestre do ano passado).
Brasil representou pouco mais de 2% do comércio exterior total da UE nos primeiros seis meses de 2011 e foi o nono parceiro comercial mais importante dos 27.
Alemanha foi responsável por um terço das exportações europeias (32%, 5,4 bilhões de euros) no primeiro semestre, seguido pela Itália (14%, 2,3 bilhões), França (11%, 1,9 bilhão) e Espanha (8%, 1,4 bilhão).
Holanda foi o principal importador (com 24%, 4,5 bilhões de euros) a frente da Alemanha (19%, 3,6 bilhões), Itália (11%, 2,1 bilhões) e Espanha e França (9%, 1,7 bilhões).
No primeiro semestre, cerca de 90% das exportações europeias para o Brasil eram artigos manufaturados, enquanto que as matérias-primas representaram menos de um terço das importações e, os alimentos, a mesma quantia.
A UE exportou principalmente veículos, peças de reposição, remédios, aviões e peças para essas aeronaves, enquanto as importações foram principalmente de minério de ferro, café, boi em pé, soja, celulose e petróleo bruto.
Em 2010, a UE exportou ao país latino-americano serviços avaliados em 9,9 bilhões de euros, enquanto as importações representaram 5,6 bilhões de euros, segundo Eurostat.
Brasil representou 1,6% do total do comércio de serviços da UE com outros países.
Por último, o Eurostat destacou que os fluxos de investimento diretos entre os 27 e o Brasil foram "muito variáveis" nos últimos anos.
Em 2010, a UE investiu 14,7 bilhões de euros no Brasil frente aos 9,3 bilhões em 2009 e 9,8 bilhões em 2008. No sentido contrário, os investimentos diretos do Brasil no bloco ascenderam a 5,4 bilhões de euros em 2010 (500 milhões em 2009 e 10,3 bilhões de euros no ano anterior).