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Defesa de Paris; Putin: “tagarelice”…

Em defesa de Paris O Acordo de Paris foi o principal tema de uma reunião bilateral entre China e União Europeia nesta sexta-feira. Participaram o premiê chinês, Li Keqiang, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o do Comitê Europeu, Donald Tusk. Após o anúncio de que os Estados Unidos vão se retirar do […]

EUROPA E CHINA: premiê chinês, Li Keqiang, e presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, se reúnem na Bélgica / Virginia Mayo/Pool/Reuters

EUROPA E CHINA: premiê chinês, Li Keqiang, e presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, se reúnem na Bélgica / Virginia Mayo/Pool/Reuters

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2017 às 18h50.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h56.

Em defesa de Paris

O Acordo de Paris foi o principal tema de uma reunião bilateral entre China e União Europeia nesta sexta-feira. Participaram o premiê chinês, Li Keqiang, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o do Comitê Europeu, Donald Tusk. Após o anúncio de que os Estados Unidos vão se retirar do acordo, feito pelo presidente americano, Donald Trump, as duas partes divulgaram um compromisso público de implementar totalmente as metas do pacto. Chineses e europeus prometeram ainda aumentar os investimentos em energia renovável e investir 100 bilhões de dólares para ajudar os países pobres a cumprir as metas.

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Com Trump ou sem Trump

Os europeus afirmaram que vão continuar negociando a redução de poluentes diretamente com as corporações americanas, sem passar pela Casa Branca. As grandes companhias americanas vêm se mostrando favoráveis ao acordo: na quinta-feira, 25 grandes empresas — incluindo a Apple, o Facebook e a Unilever — assinaram uma carta pedindo ao presidente que não abandonasse o Acordo de Paris. Em um comunicado aos empregados, o presidente da Apple, Tim Cook, afirmou que a decisão do presidente “não terá impacto nos esforços da Apple para proteger o meio ambiente”.

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May criticada

A premiê britânica, Theresa May, foi criticada por não assinar uma carta em que Alemanha, França e Itália declaram que não vão renegociar o Acordo de Paris. Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista, de oposição, disse que May optou pelo “silêncio e subserviência ante Donald Trump”. Um porta-voz da premiê declarou que Trump ligou para May para discutir a saída americana do acordo e que as portas do Reino Unido “continuarão abertas” para que os Estados Unidos voltem a cooperar — embora sem deixar claro se o Reino Unido é ou não a favor de renegociar os termos do pacto. A polêmica acontece às vésperas das eleições gerais britânicas, em 8 de junho.

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Putin: “tagarelice” americana

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que os Estados Unidos precisam encerrar a “inútil e danosa tagarelice” sobre a possível interferência russa nas eleições americanas. Em discurso em um fórum econômico russo, Putin acusou os americanos de “tentarem resolver problemas internos usando instrumentos de política externa” e disse que a vitória de Trump se deve somente às estratégias eleitorais do republicano.

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Lei anti-imigração

Em meio à discussão sobre o Acordo de Paris, Trump também voltou a atenção para os problemas internos do país nesta sexta-feira e recorreu à Suprema Corte americana para conseguir implementar um decreto que proíbe a entrada de imigrantes de sete países de maioria muçulmana nos Estados Unidos. O decreto, que está em sua segunda versão, foi barrado por um tribunal inferior no mês passado. Trump aposta na maioria conservadora da Suprema Corte, incluindo Neil Gorsuch, juiz recém-nomeado por Trump.

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EUA: desemprego baixo

A taxa de desemprego nos Estados Unidos atingiu em maio seu menor nível em 16 anos, recuando para 4,3%. Ao longo do ano, o desemprego americano já caiu 0,5 ponto percentual. Ainda assim, foram criadas 138.000 vagas de emprego em maio, abaixo dos 185.000. Os bons números do mercado de trabalho podem incentivar o Fed, banco central americano, a seguir seu plano de aumentar os juros novamente neste ano. A próxima reunião do conselho do banco acontece nos próximos dias 13 e 14 de junho.

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Irlanda: novo premiê

A Irlanda elegeu nesta sexta-feira seu novo primeiro-ministro, Leo Varadkar, do partido de centro-direita Fine Gael, que tem maioria no Parlamento do país. Atual ministro da Proteção Social, Varadkar é gay e filho de imigrantes indianos. Aos 38 anos, ele será também o premiê mais jovem da história do país. Sua eleição ocorre após o ex-premiê, Enda Kenny, renunciar no mês passado. Varadkar terá pela frente o desafio de negociar os termos do Brexit, saída do Reino Unido da União Europeia, com o governo central, em Londres.

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