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Da teoria para a prática na Accor

No primeiro dia de trabalho, os funcionários da Accor aprendem que ações relacionadas à sustentabilidade precisam ser incorporadas ao dia-a-dia de suas atividades

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Firmin, presidente da Accor.

Firmin, presidente da Accor.

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Adriana Pereira

Publicado em 17 de fevereiro de 2011 às, 19h14.

Na subsidiária brasileira da francesa Accor, uma das maiores empresas de hotelaria e serviços do mundo, todo novo funcionário tem uma espécie de ritual a seguir. No primeiro dia de trabalho, o profissional deve elaborar o que a empresa chama de "contrato de gestão", um documento que resume os principais objetivos e resultados que ele se propõe a alcançar durante o ano. Além de questões específicas à função do novo empregado, o documento traz as responsabilidades socioambientais assumidas pelo departamento em que ele vai trabalhar: de medidas que a área pretende tomar para reduzir os danos ambientais à implantação e manutenção de programas de inclusão social.

O cumprimento do contrato é monitorado pela empresa e seus resultados influenciam diretamente o programa de remuneração variável. "Queremos, sim, que nossos clientes nos reconheçam pelo que fazemos. Mas queremos, em primeiro lugar, que nossos funcionários se sintam engajados, realizados e orgulhosos do que fazem", diz Firmin António, presidente da Accor no Brasil e diretor-geral da Accor para a América Latina.

Em 2006, a Accor patrocinou 92 projetos e ações sociais, com a ajuda de 2 500 funcionários voluntários -- 38% mais do que o total mobilizado no ano anterior. Cerca de 45 000 brinquedos e agasalhos foram arrecadados em campanhas internas -- 65% mais do que em 2005. Na área de meio ambiente, uma das ações desenvolvidas é o ReciclAccor, que incentiva os funcionários a reciclar plásticos e papéis. O dinheiro arrecadado com a reciclagem é investido na compra de produtos, como remédios e cestas básicas, para os empregados da manutenção, limpeza e segurança da própria unidade -- desde 2000, o programa beneficia 70 funcionários por ano.  


Da porta para fora
Para manter essas iniciativas, é preciso mais que trabalho voluntário. No ano passado, a Accor investiu 137 milhões de reais em patrocínios e projetos nas áreas de cultura, educação, saúde e alimentação. Um dos maiores é o Sonho de Criança, desenvolvido pela Ticket, divisão do grupo que atua no mercado de benefícios. Em parceria com a prefeitura de São Paulo, a Ticket construiu um centro de educação infantil para filhos dos moradores da antiga Favela do Gato, no bairro do Bom Retiro, centro da cidade. A iniciativa faz parte de um projeto da prefeitura de urbanização da favela.

O espaço construído pela Ticket, com investimento de 1,5 milhão de reais (incluindo 200 000 reais doados pelos funcionários), oferece serviços de creche, educação, lazer e saúde a 240 crianças de até 6 anos. Os benefícios foram estendidos também aos pais das crianças, com a implantação de cursos noturnos de alfabetização, em parceria com a Fundação Bradesco, e de capacitação profissional, com a ajuda do Instituto Dom Bosco. O grande desafio desse projeto é motivar os adultos a encarar um curso supletivo à noite depois de um dia de trabalho. "Temos de ser mais criativos nos modelos educacionais para prender a atenção desse público", diz Eliane Aere, diretora de recursos humanos da divisão de serviços da Accor.

Além de estimular os funcionários a assumir trabalhos voluntários, a Accor está empenhada em convencer os fornecedores a incorporar seus critérios de sustentabilidade. É um aspecto importante porque muitos dos parceiros do grupo têm contato direto com os clientes da Accor. "Não gostaríamos de ter parceiros cujos funcionários são privados de direitos como assistência médica e alimentação", diz Luiz Edmundo Prestes Rosa, diretor de recursos humanos da Accor América Latina. "A Accor precisa impor seu exemplo."


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