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Cuba utiliza máquinas brasileiras na colheita da cana

Programa de modernização vai trocar equipamentos soviéticos antigos por modelos brasileiros

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 16h56.

Havana - Um programa de modernização da centenária indústria açucareira está em andamento em Cuba. Ele inclui a troca das antigas colheitadeiras KTP1 de tecnologia soviética por eficientes máquinas brasileiras.

Trata-se do "projeto Vitrine", ensaiado desde 2008 no engenho "Jesús Rabí", 160 km a leste de Havana, que busca a ressurreição dessa indústria sob três princípios: "novas tecnologias, agricultura de precisão e automatização industrial".

Aplicados os três princípios, a fábrica concluiu a última safra com 40.650 toneladas de açúcar, 9.000 toneladas acima do previsto.

A indústria açucareira, que durante anos foi a coluna vertebral da economia da ilha, decaiu depois do desaparecimento do bloco soviético nos anos 1990 e a safra de 8,2 milhões de toneladas caiu a pouco mais de 1 milhão atualmente.

Em 2003, ela foi racionalizada, em busca de eficiência. Suas 155 fábricas e as enormes extensões de terra dedicadas ao cultivo foram reduzidas em 60%, deixando uma capacidade industrial para cerca de 4 milhões de toneladas.

Mas ainda assim, a maior produção alcançada nos últimos 15 anos foi de 1,4 milhão de toneladas em 2008. Os especialistas afirmam que falta investimento, estímulo e organização.

Na fábrica Rabí, foram vendidos aos produtores novos equipamentos de irrigação, implementos de cultivo e os preços da cana subiram.

Duas de suas cooperativas obtiveram rendimentos de 82,5 e 91 toneladas de cana por hectare, mais que o dobro das 32,5 da média nacional e até acima das 73,5 toneladas do Brasil, a mais alta da região.

Um total de 24 colheitadeiras KTP1, 34 caminhões, 108 trens, quatro locomotivas, 92 carretas e 77 tratores, até somar 247 equipamentos, foram substituídos por 66 mais modernos. O salto da produtividade e a economia de combustível e mão de obra foram consideráveis.

"Estou ganhando o dobro do dinheiro que podia obter com uma KTP. Tive quinzenas de 2.295 pesos (91 dólares)", disse à revista um operador. O salário médio em Cuba é de 460 pesos, cerca de 18 dólares.

Segundo os especialistas, o investimento será amortizado em um ano e meio apenas pela economia de recursos, além do aumento da produção açucareira.

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Havana - Um programa de modernização da centenária indústria açucareira está em andamento em Cuba. Ele inclui a troca das antigas colheitadeiras KTP1 de tecnologia soviética por eficientes máquinas brasileiras.

Trata-se do "projeto Vitrine", ensaiado desde 2008 no engenho "Jesús Rabí", 160 km a leste de Havana, que busca a ressurreição dessa indústria sob três princípios: "novas tecnologias, agricultura de precisão e automatização industrial".

Aplicados os três princípios, a fábrica concluiu a última safra com 40.650 toneladas de açúcar, 9.000 toneladas acima do previsto.

A indústria açucareira, que durante anos foi a coluna vertebral da economia da ilha, decaiu depois do desaparecimento do bloco soviético nos anos 1990 e a safra de 8,2 milhões de toneladas caiu a pouco mais de 1 milhão atualmente.

Em 2003, ela foi racionalizada, em busca de eficiência. Suas 155 fábricas e as enormes extensões de terra dedicadas ao cultivo foram reduzidas em 60%, deixando uma capacidade industrial para cerca de 4 milhões de toneladas.

Mas ainda assim, a maior produção alcançada nos últimos 15 anos foi de 1,4 milhão de toneladas em 2008. Os especialistas afirmam que falta investimento, estímulo e organização.

Na fábrica Rabí, foram vendidos aos produtores novos equipamentos de irrigação, implementos de cultivo e os preços da cana subiram.

Duas de suas cooperativas obtiveram rendimentos de 82,5 e 91 toneladas de cana por hectare, mais que o dobro das 32,5 da média nacional e até acima das 73,5 toneladas do Brasil, a mais alta da região.

Um total de 24 colheitadeiras KTP1, 34 caminhões, 108 trens, quatro locomotivas, 92 carretas e 77 tratores, até somar 247 equipamentos, foram substituídos por 66 mais modernos. O salto da produtividade e a economia de combustível e mão de obra foram consideráveis.

"Estou ganhando o dobro do dinheiro que podia obter com uma KTP. Tive quinzenas de 2.295 pesos (91 dólares)", disse à revista um operador. O salário médio em Cuba é de 460 pesos, cerca de 18 dólares.

Segundo os especialistas, o investimento será amortizado em um ano e meio apenas pela economia de recursos, além do aumento da produção açucareira.

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