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Cuba oferecerá internet a lares de todo o país até dezembro

Territórios de Pinar del Río (ocidente) e os orientais Las Tunas, Holguín, Granma e Guantánamo foram escolhidos para as primeiras conexões fora de Havana

Cuba registrou mais de 4,5 milhões de usuários de internet em 2016 (Shannon Stapleton/Reuters)

Cuba registrou mais de 4,5 milhões de usuários de internet em 2016 (Shannon Stapleton/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de setembro de 2017 às 11h27.

Havana - Todas as casas da ilha de Cuba terão acesso aos serviços de internet antes do final do ano, algo que somente os lares em Havana contavam, e a partir de amanhã tal medida será estendida a cinco províncias da ilha, anunciou nesta quarta-feira o monopólio estatal de comunicações "Etecsa".

Os territórios de Pinar del Río (ocidente) e os orientais Las Tunas, Holguín, Granma e Guantánamo foram escolhidos para as primeiras conexões fora da capital.

A nova oferta inclui uma maior velocidade de conexão em quatro pacotes de 30 horas, com preços que oscilam entre 15 e 70 CUC (equivalente ao dólar), um serviço caro para o cubano, que recebe um salário médio de US$ 29 por mês.

A chefe do projeto "Nauta Hogar", Amarelys Rodríguez, explicou ao jornal oficial "Granma" que "todos aqueles que tiverem telefonia fixa em casa, serão clientes potenciais. Eles serão contatados via telefônica para uma reunião" e, se tiverem interesse, assinarão o contrato.

Em Cuba, um dos países com menor taxa de conectividade no mundo, não estava permitida a conexão à internet nos lares, exceto a alguns profissionais, como médicos, advogados, jornalistas e funcionários de alta categoria.

No entanto, entre dezembro e fevereiro, 858 lares de Havana Velha receberam o serviço de graça como parte de um teste-piloto para iniciar a comercialização gradual.

Pouco após concluir os testes, a Etecsa anunciou em março que começava a oferecer o serviço, com 358 clientes iniciais, número que ao término de maio ultrapassava 600 contratos.

Para ter acesso a esta nova oferta é preciso pagar por uma única vez a quota de habilitação de 15 CUC, após a qual será associada a tarifa mensal segundo a velocidade contratada, explicou Rodríguez.

O usuário deve possuir "um serviço telefônico com condições técnicas que permitam a configuração da velocidade contratada", um modem - que a Etecsa vende por 19 CUC - e uma conta de acesso com domínio local @nauta.com.cu. que se associa à linha telefônica.

A empresa apontou os incentivos para o novo serviço, onde o cliente que contratou o primeiro pacote de 1 megabyte por segundo receberá o primeiro mês de graça.

Igualmente, os que pagarem por velocidades superiores (2, 3 e 4 megabytes) terão um desconto de 15 CUC no primeiro mês.

Rodríguez, também diretora de Operações de Rede em Havana, antecipou que na capital cubana está previsto comercializar cerca de 38 mil novas capacidades, cujo acesso fora de Havana Velha poderá ser contratado "na medida em que cada zona tenha as condições técnicas para isso".

Inicialmente, o "Nauta Hogar" oferecia velocidades entre 256 kB por segundo e 2 megabytes, o que provocava queixas nos clientes pela lentidão do serviço.

De acordo com a Etecsa, à lentidão da conexão também influencia o tipo de computador e o sistema operacional instalado.

Cuba registrou mais de 4,5 milhões de usuários de internet em 2016, o que significa 403 usuários conectados por cada 1 mil habitantes, segundo reportes oficiais.

Na ilha há registrados 1.152.900 computadores, deles 628,7 mil com conexão à rede.

Dentro da estratégia do Governo da ilha para aumentar a conectividade - uma das disciplinas pendentes de Cuba -, a Etecsa iniciou em julho de 2015 a instalação de zonas wifi em espaços públicos, onde a conexão custa US$ 1,5 a hora.

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