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Cuba comemora 40 anos de campanha militar em Angola

O desfile militar foi realizado em Triunvirato onde uma escrava negra liderou há 172 anos uma das maiores revoltas de escravos registrados na ilha

Pessoas em fila para comprar comida em Cuba: a pedido do líder do Movimento Popular para a Libertação de Angola, o governo comunista da ilha enviou em 1975 para o país africano cerca de 300 mil soldados (Enrique De La Osa / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2015 às 13h57.

Cuba celebra nesta quinta-feira com um desfile militar o quadragésimo aniversário de sua "Operação Carlota" em Angola , a mais longa e bem-sucedida campanha militar além das fronteiras nacionais, na qual mais de 2.000 combatentes cubanos morreram.

O desfile militar, liderado pelo primeiro vice-presidente Miguel Díaz-Canel e o general Alvaro López Miera, primeiro vice-ministro das Forças Armadas Revolucionárias (FAR), foi realizado em Triunvirato, na província de Matanzas, 100 km a leste de Havana, onde uma escrava negra (Carlota) liderou há 172 anos uma das maiores revoltas de escravos registrados na ilha.

"Daí o seu nome foi adotado como um símbolo da operação que deu início à missão militar internacionalista de Cuba na República de Angola, há 40 anos", declarou o general Ramón Espinosa, vice-ministro das FAR, durante a cerimônia, transmitida ao vivo na televisão.

"Nossos combatentes retornaram à pátria de cabeça erguida, a amizade do povo angolano e a satisfação de dever cumprido, e com os restos gloriosos de nossos irmãos caídos que jamais serão esquecidos", acrescentou Espinosa ao definir a Operação Carlota como "a campanha militar internacionalista cubana mais longa e bem sucedida".

A pedido do líder do Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), Agostinho Neto, o governo comunista da ilha enviou em 1975 para o país africano cerca de 300 mil soldados, dos quais 2.016 morreram, e cerca de 50.000 funcionários civis, incluindo médicos, professores e engenheiros.

As autoridades defendem que a "façanha" dos cubanos na guerra de Angola (1975-1991) foi fundamental para reforçar a independência desse país, atingir outros países africanos como a Namíbia e Zimbabué, bem como conseguir o fim do regime do apartheid na África do Sul.

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"Daí o seu nome foi adotado como um símbolo da operação que deu início à missão militar internacionalista de Cuba na República de Angola, há 40 anos", declarou o general Ramón Espinosa, vice-ministro das FAR, durante a cerimônia, transmitida ao vivo na televisão.

"Nossos combatentes retornaram à pátria de cabeça erguida, a amizade do povo angolano e a satisfação de dever cumprido, e com os restos gloriosos de nossos irmãos caídos que jamais serão esquecidos", acrescentou Espinosa ao definir a Operação Carlota como "a campanha militar internacionalista cubana mais longa e bem sucedida".

A pedido do líder do Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), Agostinho Neto, o governo comunista da ilha enviou em 1975 para o país africano cerca de 300 mil soldados, dos quais 2.016 morreram, e cerca de 50.000 funcionários civis, incluindo médicos, professores e engenheiros.

As autoridades defendem que a "façanha" dos cubanos na guerra de Angola (1975-1991) foi fundamental para reforçar a independência desse país, atingir outros países africanos como a Namíbia e Zimbabué, bem como conseguir o fim do regime do apartheid na África do Sul.

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