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Cristina Kirchner não estará presente na posse de Macri

O conflito aberto pela cerimônia de posse de Mauricio Macri continuou com a decisão da presidente em fim de mandato de não participar da posse de seu sucessor

A presidente argentina Cristina Kirchner: "não estão dadas as condições para que a presidente compareça ao Congresso", disse hoje Oscar Parrilli, um dos homens mais próximos a Cristina (Juan Mabromata/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 21h27.

Buenos Aires - O insólito conflito aberto na Argentina pela cerimônia de posse de Mauricio Macri continuou nesta terça-feira com a decisão da presidente em fim de mandato, Cristina Kirchner , de não participar da posse de seu sucessor na próxima quinta-feira.

"Não estão dadas as condições para que a presidente compareça ao Congresso", disse hoje Oscar Parrilli, um dos homens mais próximos a Cristina.

"Entre isto e um golpe de Estado existe muito pouca diferença", denunciou Parrilli, um dos funcionários kirchneristas que participou hoje nas reuniões com representantes de Macri para tentar chegar a um acordo sobre a cerimônia de transferência de poderes.

A insólita polêmica que travou a transição argentina se aguçou nas últimas horas pela decisão de Cristina de organizar a transferência de poderes no Congresso, quando seu sucessor pretendia assumir na Casa Rosada, sede do governo.

O desencontro derivou em uma medida cautelar solicitada hoje por Macri à Justiça para que se antecipasse à meia-noite de quinta-feira sua consideração como presidente, em um cenário inédito no país.

O procurador que recebeu a causa, Jorge di Lello, emitiu uma sentença favorável à solicitação que precipitou a decisão de Cristina de não comparecer à cerimônia.

Segundo Parrilli, esse cenário aberto fará com que "não haja presidente durante 12 horas" na Argentina.

"Parece que a atitude de Macri de recorrer à Justiça serve para pôr uma cortina de fumaça. O engenheiro e sua equipe são os responsáveis por esta gravidade institucional", acrescentou.

O final do mandato do presidente está submetido a distintas interpretações: para alguns juristas conclui formalmente à meia-noite da quinta-feira, mas para outros, pode se prolongar até o juramento do cargo de seu sucessor.

Segundo a Constituição, o presidente deve jurar seu cargo no Congresso, mas não há uma regulação específica sobre como ou onde receber os atributos de comando, o bastão e a faixa presidencial.

Mauricio Macri quer jurar seu cargo perante o Congresso e depois receber o bastão e a faixa em cerimônia solene na Casa Rosada, enquanto Cristina pretendia realizar todo o trâmite no recinto parlamentar.

Macri quer evitar que a mobilização kirchnerista convocada em frente ao Congresso durante a cerimônia manche sua posse e Cristina não quis ceder durante dias em uma última demonstração de poder.

Com a decisão de hoje de Cristina, Macri jurará seu cargo no Congresso perante sua vice-presidente, Gabriela Michetti, segundo informou a aliança Cambiemos. Depois, pronunciará sua primeira mensagem presidencial e se transferirá à Casa Rosada.

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Buenos Aires - O insólito conflito aberto na Argentina pela cerimônia de posse de Mauricio Macri continuou nesta terça-feira com a decisão da presidente em fim de mandato, Cristina Kirchner , de não participar da posse de seu sucessor na próxima quinta-feira.

"Não estão dadas as condições para que a presidente compareça ao Congresso", disse hoje Oscar Parrilli, um dos homens mais próximos a Cristina.

"Entre isto e um golpe de Estado existe muito pouca diferença", denunciou Parrilli, um dos funcionários kirchneristas que participou hoje nas reuniões com representantes de Macri para tentar chegar a um acordo sobre a cerimônia de transferência de poderes.

A insólita polêmica que travou a transição argentina se aguçou nas últimas horas pela decisão de Cristina de organizar a transferência de poderes no Congresso, quando seu sucessor pretendia assumir na Casa Rosada, sede do governo.

O desencontro derivou em uma medida cautelar solicitada hoje por Macri à Justiça para que se antecipasse à meia-noite de quinta-feira sua consideração como presidente, em um cenário inédito no país.

O procurador que recebeu a causa, Jorge di Lello, emitiu uma sentença favorável à solicitação que precipitou a decisão de Cristina de não comparecer à cerimônia.

Segundo Parrilli, esse cenário aberto fará com que "não haja presidente durante 12 horas" na Argentina.

"Parece que a atitude de Macri de recorrer à Justiça serve para pôr uma cortina de fumaça. O engenheiro e sua equipe são os responsáveis por esta gravidade institucional", acrescentou.

O final do mandato do presidente está submetido a distintas interpretações: para alguns juristas conclui formalmente à meia-noite da quinta-feira, mas para outros, pode se prolongar até o juramento do cargo de seu sucessor.

Segundo a Constituição, o presidente deve jurar seu cargo no Congresso, mas não há uma regulação específica sobre como ou onde receber os atributos de comando, o bastão e a faixa presidencial.

Mauricio Macri quer jurar seu cargo perante o Congresso e depois receber o bastão e a faixa em cerimônia solene na Casa Rosada, enquanto Cristina pretendia realizar todo o trâmite no recinto parlamentar.

Macri quer evitar que a mobilização kirchnerista convocada em frente ao Congresso durante a cerimônia manche sua posse e Cristina não quis ceder durante dias em uma última demonstração de poder.

Com a decisão de hoje de Cristina, Macri jurará seu cargo no Congresso perante sua vice-presidente, Gabriela Michetti, segundo informou a aliança Cambiemos. Depois, pronunciará sua primeira mensagem presidencial e se transferirá à Casa Rosada.

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