Cristina Kirchner é carta fora do baralho para 2019?
ÀS SETE - Alguns analistas afirmam que sua carreira política está terminada e, com ela, o Kirchnerismo, que comandou a Argentina por 12 anos
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2017 às 07h23.
Última atualização em 23 de outubro de 2017 às 07h33.
A segunda-feira começa com governistas e festa e oposição nas cordas na Argentina . O governo de Mauricio Macri obteve neste domingo uma contundente vitória sobre a oposição liderada pela ex-presidente Cristina Kirchner.
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A frente Cambiemos (“Vamos mudar”) venceu as eleições legislativas em Buenos Aires em 13 das 23 províncias, incluindo Santa Cruz, o reduto eleitoral de Kirchner.
No nível nacional, o governo obteve cerca de 40% dos votos, como previam as pesquisas. A oposição recebeu mais votos, mas ela está dividida entre peronistas que apoiam e rejeitam Kirchner, além da extrema esquerda não peronista. Kirchner conquistou uma cadeira no Senado, de onde liderará a oposição, mas teve menos votos que o candidato de Macri, o ex-ministro da Educação Esteban Bullrich: 41% a 37%.
O placar mostra que ela terá vida dura no comando da oposição, de olho nas eleições presidenciais de 2019. Alguns analistas afirmam que sua carreira política está terminada e, com ela, o Kirchnerismo, que comandou a Argentina por 12 anos.
Macri, que apesar da vitória não terá maioria absoluta no Congresso, terá que negociar com os setores peronistas não ligados a Kirchner, que, envolvida em escândalos de corrupção, tem entre 60% e 70% de rejeição.
Como conquistou uma cadeira no Congresso, ela ao menos terá imunidade parlamentar. Em seu novo posto, Cristina deve ser a mais ferrenha crítica de uma possível nova leva de aumento de tarifas de Macri, tentando recuperar as carcomidas contas argentinas. O governo deve continuar retirando subsídios concedidos por Kirchner.
Se a economia continuar se recuperando, a pressão inflacionária deve cair, assim como a influência de Cristina. Neste caso, ela de fato de fato ficar limitada à oposição a um governo cada dia mais popular. Mas, em política argentina convém não fazer previsões olham tão adiante.