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Crise grega ofusca principais temas da cúpula do G20

Apoio ao desenvolvimento, a liberalização do comércio internacional e a reformulação do sistema monetário internacional são os eixos da agenda do evento

A sexta reunião do G20 começou nesta quinta-feira na cidade francesa sob a sombra da crise política grega, que provocou inúmeros encontros paralelos e, inclusive, a realização de uma "minicúpula" dos líderes da zona do euro (Lionel Bonaventure/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2011 às 18h17.

Cannes, França - Os principais temas da cúpula do G20 , como as políticas para o desenvolvimento econômico e social no mundo, foram eclipsados nos primeiros debates em Cannes pela crise na Grécia, para desgosto de alguns países e agentes sociais.

A sexta reunião do G20 começou nesta quinta-feira na cidade francesa sob a sombra da crise política grega, que provocou inúmeros encontros paralelos e, inclusive, a realização de uma "minicúpula" dos líderes da zona do euro.

Esta reunião havia sido idealizada com um programa muito ambicioso pelo governo de Nicolas Sarkozy, presidente rotativo do G20, mas os eventos na Grécia e, sobretudo, a difícil situação que vive a Europa, forçaram uma redução das expectativas.

Paralelamente ao início da cúpula, que teve início com um almoço de trabalho e um debate sobre a situação econômica atual, nos corredores e nas salas de imprensa os televisores mostravam os noticiários gregos e transmitiam ao vivo o discurso do primeiro-ministro da Grécia, Giorgos Papandreou, no Parlamento.


Porém, este excessivo protagonismo da crise econômica provocou um certo descontentamento entre os países de fora da zona do euro, que foram a Cannes com vontade de falar sobre o apoio ao desenvolvimento, a liberalização do comércio internacional ou a reformulação do sistema monetário internacional, eixos da agenda do evento.

Entre os líderes que não esconderam seu descontentamento está a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, que citou a falta de soluções para o cenário de incertezas em todo o mundo.

"Passaram-se três anos, e quando um doente não recebe o remédio, sua situação se agrava cada vez mais", disse Cristina durante um discurso em um fórum empresarial paralelo ao G20.

A governante lembrou que desde a quebra do banco Lehman Brothers foram gastos "bilhões de dólares" para resolver os problemas do sistema financeiro, quando seu uso deveria ter sido na economia real.


Também as ONGs credenciadas para a cúpula do G20 lamentaram que a crise da dívida nos EUA e Europa esteja monopolizando as atenções no começo da cúpula, na qual defendem uma maior regulamentação do sistema financeiro internacional e um controle dos preços dos alimentos.

Com um olho no plenário da cúpula e outro nas informações procedentes da Grécia, os líderes do G20 tentaram avançar no principal tema da cúpula - a elaboração de um plano que leve a um desenvolvimento sustentável no planeta.

O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, foi um dos líderes que defenderam uma iniciativa para que os países que não estão sujeitos a uma austeridade orçamentária iniciem políticas de estímulo que favoreçam o crescimento global.

Nas reuniões de trabalho de hoje, os líderes do G20 ouviram com preocupação o diagnóstico econômico feito pela diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, de que o mundo está imerso em uma desaceleração.


Com isso, todos se colocaram de acordo sobre a necessidade de lançar iniciativas comuns para estimular o crescimento equilibrado e a geração de empregos, assim como a de desenvolver uma série de infraestruturas urbanísticas de alto impacto em países em desenvolvimento.

O plenário do G20 contou, além disso, com a participação do fundador da Microsoft, Bill Gates, que se dedica atualmente a trabalhos filantrópicos.

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A sexta reunião do G20 começou nesta quinta-feira na cidade francesa sob a sombra da crise política grega, que provocou inúmeros encontros paralelos e, inclusive, a realização de uma "minicúpula" dos líderes da zona do euro.

Esta reunião havia sido idealizada com um programa muito ambicioso pelo governo de Nicolas Sarkozy, presidente rotativo do G20, mas os eventos na Grécia e, sobretudo, a difícil situação que vive a Europa, forçaram uma redução das expectativas.

Paralelamente ao início da cúpula, que teve início com um almoço de trabalho e um debate sobre a situação econômica atual, nos corredores e nas salas de imprensa os televisores mostravam os noticiários gregos e transmitiam ao vivo o discurso do primeiro-ministro da Grécia, Giorgos Papandreou, no Parlamento.


Porém, este excessivo protagonismo da crise econômica provocou um certo descontentamento entre os países de fora da zona do euro, que foram a Cannes com vontade de falar sobre o apoio ao desenvolvimento, a liberalização do comércio internacional ou a reformulação do sistema monetário internacional, eixos da agenda do evento.

Entre os líderes que não esconderam seu descontentamento está a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, que citou a falta de soluções para o cenário de incertezas em todo o mundo.

"Passaram-se três anos, e quando um doente não recebe o remédio, sua situação se agrava cada vez mais", disse Cristina durante um discurso em um fórum empresarial paralelo ao G20.

A governante lembrou que desde a quebra do banco Lehman Brothers foram gastos "bilhões de dólares" para resolver os problemas do sistema financeiro, quando seu uso deveria ter sido na economia real.


Também as ONGs credenciadas para a cúpula do G20 lamentaram que a crise da dívida nos EUA e Europa esteja monopolizando as atenções no começo da cúpula, na qual defendem uma maior regulamentação do sistema financeiro internacional e um controle dos preços dos alimentos.

Com um olho no plenário da cúpula e outro nas informações procedentes da Grécia, os líderes do G20 tentaram avançar no principal tema da cúpula - a elaboração de um plano que leve a um desenvolvimento sustentável no planeta.

O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, foi um dos líderes que defenderam uma iniciativa para que os países que não estão sujeitos a uma austeridade orçamentária iniciem políticas de estímulo que favoreçam o crescimento global.

Nas reuniões de trabalho de hoje, os líderes do G20 ouviram com preocupação o diagnóstico econômico feito pela diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, de que o mundo está imerso em uma desaceleração.


Com isso, todos se colocaram de acordo sobre a necessidade de lançar iniciativas comuns para estimular o crescimento equilibrado e a geração de empregos, assim como a de desenvolver uma série de infraestruturas urbanísticas de alto impacto em países em desenvolvimento.

O plenário do G20 contou, além disso, com a participação do fundador da Microsoft, Bill Gates, que se dedica atualmente a trabalhos filantrópicos.

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