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Crise faz do mundo um lugar mais violento pelo 2º ano consecutivo

Londres - Pelo segundo ano consecutivo, a crise econômica mundial é o fator responsável para que o mundo seja um lugar mais violento, devido ao aumento da violência e do crime, revela hoje a quarta edição do Índice Global da Paz (IGP). O Brasil foi colocado em 83º lugar no ranking de nível de paz […]

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2010 às 17h45.

Londres - Pelo segundo ano consecutivo, a crise econômica mundial é o fator responsável para que o mundo seja um lugar mais violento, devido ao aumento da violência e do crime, revela hoje a quarta edição do Índice Global da Paz (IGP).

O Brasil foi colocado em 83º lugar no ranking de nível de paz dos países, uma posição de nível "médio" conforme o índice, que mediu a situação de 149 países do mundo.

À frente de Peru (89º), Equador (101º) e México (107º), mas atrás de Nicarágua (64º), Argentina (71º) e Cuba (72º), o Brasil ficou em décimo lugar entre os países latino-americanos.

Os melhores colocados da América Latina foram Uruguai (24º), Costa Rica (26º) e Chile (28º). Por outro lado, os piores colocados da região foram Venezuela (122º), Honduras (125º) e Colômbia (138º).

Como exemplo de que a crise influi de forma direta nos níveis de instabilidade, em sua análise por áreas econômicas, o relatório destaca que os países da União Europeia (UE) com mais dívida - Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha - são os que tiveram a segurança mais deteriorada, seguidos pelos países emergentes do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).

Desde 2008, o mundo viu uma intensificação dos conflitos, uma crescente instabilidade e um aumento do número de homicídios, manifestações violentas e medo ao crime, apontam os resultados.

O relatório observa que uma redução de 25% da violência mundial geraria ao redor de US$ 1,8 trilhão anuais, quantidade suficiente para saldar a dívida da Grécia, financiar a consecução dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e cumprir os objetivos climáticos e energéticos da UE.

O Índice estuda 23 indicadores que levam em conta variações qualitativas e quantitativas relacionadas à paz, no âmbito interno e externo, e os níveis de democracia, transparência, educação, bem-estar material, criminalidade e respeito aos direitos humanos.

Nesta edição, a Nova Zelândia volta a liderar a lista dos países mais pacíficos e é um dos únicos três Estados que conseguiram reduzir seus níveis de violência em 2010. Islândia, Japão, Áustria e Noruega completam a lista dos cinco primeiros.

No extremo oposto da lista, estão Iraque (149º), Somália (148º) e Afeganistão (147º).

Além disso, Síria, Geórgia, Filipinas, Rússia e Chipre são os países que mais caíram no ranking em relação a 2009.

Segundo Steve Killelea, fundador do IGP em 2007, "a pesquisa apresenta uma demonstração quantificável de que melhorar a paz pode transformar a economia global e fornecer os recursos necessários para saldar a dívida, consolidar a expansão econômica e criar um ambiente mais sustentável".

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