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Crimes racistas no leste da Alemanha aumentaram 40% em 2014

Embora a população do Leste da Alemanha represente apenas um quinto do total, quase metade dos crimes racistas foram cometidos nessa região do território


	Manifestação "por uma Alemanha multicor": ao longo do ano, a imprensa alemã noticiou vários casos de incêndio em casas ou abrigos para refugiados e, em julho, um campo de acolhimento da Cruz Vermelha instalado em Dresden foi igualmente atacado
 (Ina Fassbender/Reuters)

Manifestação "por uma Alemanha multicor": ao longo do ano, a imprensa alemã noticiou vários casos de incêndio em casas ou abrigos para refugiados e, em julho, um campo de acolhimento da Cruz Vermelha instalado em Dresden foi igualmente atacado (Ina Fassbender/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2015 às 13h08.

Os crimes xenofóbicos aumentaram quase 40% no Leste da Alemanha em 2014, segundo números oficiais divulgados hoje (18). Os dados, que dizem respeito tanto a ataques contra imigrantes como contra cidadãos alemães de origem estrangeira, mostram diferenças de atitude entre o Leste e o Oeste do país, reunificados há 25 anos.

Embora a população do Leste da Alemanha represente apenas um quinto do total, quase metade dos crimes racistas (61 de 130) foram cometidos nessa região do território, segundo informações prestadas pelo Ministério do Interior a um deputado dos Verdes (partido de oposição). No ano anterior, 2013, foram registrados 43 crimes xenofóbicos no Leste.

Ao longo do ano, a imprensa alemã noticiou vários casos de incêndio em casas ou abrigos para refugiados e, em julho, um campo de acolhimento da Cruz Vermelha instalado em Dresden (Leste) para abrigar 800 refugiados sírios foi igualmente atacado.

A violência xenofóbica, especialmente no Leste, ficou também evidente com a popularidade do movimento anti-islâmico Pegida, criado em Dresden que no início do ano chegou a juntar 250 mil manifestantes.

O aumento da violência racista ocorre em um momento em que a Alemanha, um dos principais países de abrigo de refugiados, prevê atingir em 2015 um recorde de 750 mil pedidos de asilo.

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