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Crimeia acerta os ponteiros com a hora de Moscou

Região se preparava neste sábado para dar um salto de duas horas em seus relógios, ajustando-se ao fuso horário de Moscou

Habitantes da Crimeia comemoram em Simferopol resultado de referendo (Dimitar Dilkoff/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2014 às 08h30.

Simferopol - Enquanto grande parte da Europa se preocupa em adiantar os ponteiros em uma hora por causa do horário de verão boreal, a Crimeia se preparava neste sábado para dar um salto de duas horas em seus relógios, ajustando-se ao fuso horário de Moscou.

Às 22H00 locais (17H00 de Brasília), os relógios da estação de trem de Simferopol - principal cidade da península do Mar Negro - passarão a marcar meia-noite, durante uma cerimônia que contará com a presença do primeiro-ministro da Crimeia, Serguey Aksionov.

Duas semanas após o referendo que permitiu a anexação da península à Rússia , a mudança simbólica constitui mais uma etapa na espetacular corrida constitucional da Rússia sobre a Crimeia - após a adoção, por exemplo, do rublo como moeda oficial.

"Preparados para a viagem no tempo", estampava a primeira página do jornal local Krymskaïa Gazeta, alertando os moradores para os possíveis problemas causados pela mudança de fuso: distúrbios do sono, depressão, apatia.

"É um pouco difícil", reconheceu uma porta-voz das autoridades locais, Lioudmila Mokhova. "Mas as pessoas estão muito felizes".

O resultado do referendo, favorável a Moscou, foi recebido com muita emoção e alegria na península russófona que fazia parte da Ucrânia desde 1954. Grande parte da comunidade internacional denuncia uma votação ilegal aos olhos da Constituição ucraniana, organizada sob o controle das forças russas e milícias pró-Rússia.

Moscou não entra no horário de verão europeu desde 2011, passando a estar permanentemente com quatro horas a mais que o fuso GMT.

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Duas semanas após o referendo que permitiu a anexação da península à Rússia , a mudança simbólica constitui mais uma etapa na espetacular corrida constitucional da Rússia sobre a Crimeia - após a adoção, por exemplo, do rublo como moeda oficial.

"Preparados para a viagem no tempo", estampava a primeira página do jornal local Krymskaïa Gazeta, alertando os moradores para os possíveis problemas causados pela mudança de fuso: distúrbios do sono, depressão, apatia.

"É um pouco difícil", reconheceu uma porta-voz das autoridades locais, Lioudmila Mokhova. "Mas as pessoas estão muito felizes".

O resultado do referendo, favorável a Moscou, foi recebido com muita emoção e alegria na península russófona que fazia parte da Ucrânia desde 1954. Grande parte da comunidade internacional denuncia uma votação ilegal aos olhos da Constituição ucraniana, organizada sob o controle das forças russas e milícias pró-Rússia.

Moscou não entra no horário de verão europeu desde 2011, passando a estar permanentemente com quatro horas a mais que o fuso GMT.

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