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Crianças não poderão se chamar "Saddam Hussein" no Marrocos

Para o ministro, dar "liberdade absoluta" aos cidadãos para nomear seus filhos poderia causar "perturbações no entorno familiar e social"

Saddam Hussein: o entusiasmo desaparece com o tempo, mas o nome fica, raciocinou o ministro (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 08h59.

Rabat - O governo do Marrocos não permitirá que crianças sejam batizadas com nomes como "Saddam Hussein" ou "Osama bin Laden", nem com outros que "atentem contra a moral e a ordem pública", afirmou o ministro do Interior, Mohammed Hasad.

Hasad fez na segunda-feira uma exposição dos princípios que regem as questões onomásticas no estado civil, em resposta a uma pergunta parlamentar feita pelo grupo socialista da câmara, como publicou nesta quarta-feira o jornal "Asabah".

Para o ministro, dar "liberdade absoluta" aos cidadãos para nomear seus filhos poderia causar "perturbações no entorno familiar e social", e deu como exemplo os acontecimentos no mundo, que podem produzir um entusiasmo e levar os pais a escolher nomes com conteúdo político (Saddam) ou extremista (Bin Laden).

O entusiasmo desaparece com o tempo, mas o nome fica, raciocinou o ministro.

No mesmo comparecimento, Hasad justificou a recusa dos funcionários de aceitar nomes berberes, porque apesar de terem um significado no dialeto de uma região, em outras regiões têm conotações animais ou sexuais.

A dificuldade na hora de escolher nomes próprios berberes é uma das queixas mais frequentes do movimento berbere no Marrocos, junto com os problemas para usar sua língua nas instituições públicas.

Por último, Hasad disse que tentará restringir ao máximo o uso de "Sidi", "Moulay", "Cherifa" e "Lala", que costumam ser usados por famílias que pretendem ser merecedoras de um título de nobreza ou de dignidade religiosa.

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Rabat - O governo do Marrocos não permitirá que crianças sejam batizadas com nomes como "Saddam Hussein" ou "Osama bin Laden", nem com outros que "atentem contra a moral e a ordem pública", afirmou o ministro do Interior, Mohammed Hasad.

Hasad fez na segunda-feira uma exposição dos princípios que regem as questões onomásticas no estado civil, em resposta a uma pergunta parlamentar feita pelo grupo socialista da câmara, como publicou nesta quarta-feira o jornal "Asabah".

Para o ministro, dar "liberdade absoluta" aos cidadãos para nomear seus filhos poderia causar "perturbações no entorno familiar e social", e deu como exemplo os acontecimentos no mundo, que podem produzir um entusiasmo e levar os pais a escolher nomes com conteúdo político (Saddam) ou extremista (Bin Laden).

O entusiasmo desaparece com o tempo, mas o nome fica, raciocinou o ministro.

No mesmo comparecimento, Hasad justificou a recusa dos funcionários de aceitar nomes berberes, porque apesar de terem um significado no dialeto de uma região, em outras regiões têm conotações animais ou sexuais.

A dificuldade na hora de escolher nomes próprios berberes é uma das queixas mais frequentes do movimento berbere no Marrocos, junto com os problemas para usar sua língua nas instituições públicas.

Por último, Hasad disse que tentará restringir ao máximo o uso de "Sidi", "Moulay", "Cherifa" e "Lala", que costumam ser usados por famílias que pretendem ser merecedoras de um título de nobreza ou de dignidade religiosa.

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