Crescimento verde não é luxo de países ricos, diz BM
O Banco Mundial pediu aos governos que repensem sua abordagem sobre o crescimento, mensurando não apenas o que é produzido
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2012 às 16h32.
Seul - O Banco Mundial (BM) pediu aos governos locais nesta quinta-feira que tomem cuidado com o meio ambiente em sua busca pela prosperidade, rejeitando o que chamou de mito de que o crescimento verde é um luxo que a maioria dos países não pode bancar.
Em um relatório, divulgado nesta quinta-feira, o banco afirmou que considerações políticas, comportamentos defensivos e falta de sistemas de financiamento apropriados são os principais entraves ao desenvolvimento ambientalmente amigável, e pediu aos governos que repensem sua abordagem sobre o crescimento, mensurando não apenas o que é produzido, mas o que é usado e a poluição gerada no processo.
"Costuma haver uma concepção equivocada de que os países pobres não podem estimular o crescimento sem degradar o meio ambiente e queimar as fontes mais baratas e sujas de energia", denunciou, em um comunicado, Kandeh Yumkella, diretor geral da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial.
"Simplesmente não é verdade. Os países em desenvolvimento não vão replicar padrões de crescimento de séculos anteriores, nem deveriam fazer isso. Eles precisam crescer com inteligência, de forma sustentável e mais rapidamente", acrescentou.
O relatório foi publicado durante Cúpula sobre Crescimento Verde, realizada na Coreia do Sul, e que discute formas de apoiar países que buscam o crescimento sustentável e estratégias de economia verde.
Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, disse que o encontro, que reúne durante dois dias líderes de negócios e especialistas, pode "gerar confiança entre aqueles que acreditam que estas discussões (sobre o crescimento verde) são meramente futuristas".
O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-Bak, que faz pressão para o desenvolvimento de tecnologias e indústrias ambientalmente amigáveis como um novo motor do crescimento, disse que um "think-tank" (centro de reflexão) sediado em seu país seria elevado à categoria de organização internacional até o fim do ano.
Seul criou o Instituto para o Crescimento Verde Global em 2010 e Lee disse que ministros de Estado elevariam o status da organização em um encontro previsto para outubro na Coreia do Sul.
Os ministros se reunirão para preparar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, prevista para dezembro no Qatar.
"O crescimento verde agora atravessa fronteiras e está se tornando um ativo global", afirmou Lee em discurso.
Entre os principais conferencistas estavam Masayoshi Sen, fundador e diretor executivo da operadora japonesa de telefonia celular Softbank Corp.
Ele pediu que seja posto um fim, em escala global, à energia nuclear "sem controle" depois do acidente na usina de Fukushima, no ano passado, após o qual crianças e adultos tiveram que ser submetidos a testes de radiação.
"Não devemos repetir esta tragédia, pelo bem dessas crianças e da humanidade como um todo. Portanto, digo não à energia nuclear em qualquer parte do globo", disse Sen.
Em vez disso, ele pediu uma intensificação maciça do uso de energia solar e eólica em lugares como o deserto de Gobi, na China, e uma "super rede" elétrica ligando os países asiáticos.
Seul - O Banco Mundial (BM) pediu aos governos locais nesta quinta-feira que tomem cuidado com o meio ambiente em sua busca pela prosperidade, rejeitando o que chamou de mito de que o crescimento verde é um luxo que a maioria dos países não pode bancar.
Em um relatório, divulgado nesta quinta-feira, o banco afirmou que considerações políticas, comportamentos defensivos e falta de sistemas de financiamento apropriados são os principais entraves ao desenvolvimento ambientalmente amigável, e pediu aos governos que repensem sua abordagem sobre o crescimento, mensurando não apenas o que é produzido, mas o que é usado e a poluição gerada no processo.
"Costuma haver uma concepção equivocada de que os países pobres não podem estimular o crescimento sem degradar o meio ambiente e queimar as fontes mais baratas e sujas de energia", denunciou, em um comunicado, Kandeh Yumkella, diretor geral da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial.
"Simplesmente não é verdade. Os países em desenvolvimento não vão replicar padrões de crescimento de séculos anteriores, nem deveriam fazer isso. Eles precisam crescer com inteligência, de forma sustentável e mais rapidamente", acrescentou.
O relatório foi publicado durante Cúpula sobre Crescimento Verde, realizada na Coreia do Sul, e que discute formas de apoiar países que buscam o crescimento sustentável e estratégias de economia verde.
Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, disse que o encontro, que reúne durante dois dias líderes de negócios e especialistas, pode "gerar confiança entre aqueles que acreditam que estas discussões (sobre o crescimento verde) são meramente futuristas".
O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-Bak, que faz pressão para o desenvolvimento de tecnologias e indústrias ambientalmente amigáveis como um novo motor do crescimento, disse que um "think-tank" (centro de reflexão) sediado em seu país seria elevado à categoria de organização internacional até o fim do ano.
Seul criou o Instituto para o Crescimento Verde Global em 2010 e Lee disse que ministros de Estado elevariam o status da organização em um encontro previsto para outubro na Coreia do Sul.
Os ministros se reunirão para preparar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, prevista para dezembro no Qatar.
"O crescimento verde agora atravessa fronteiras e está se tornando um ativo global", afirmou Lee em discurso.
Entre os principais conferencistas estavam Masayoshi Sen, fundador e diretor executivo da operadora japonesa de telefonia celular Softbank Corp.
Ele pediu que seja posto um fim, em escala global, à energia nuclear "sem controle" depois do acidente na usina de Fukushima, no ano passado, após o qual crianças e adultos tiveram que ser submetidos a testes de radiação.
"Não devemos repetir esta tragédia, pelo bem dessas crianças e da humanidade como um todo. Portanto, digo não à energia nuclear em qualquer parte do globo", disse Sen.
Em vez disso, ele pediu uma intensificação maciça do uso de energia solar e eólica em lugares como o deserto de Gobi, na China, e uma "super rede" elétrica ligando os países asiáticos.