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Cresce mistério sobre surto de gripe aviária na China

Dados indicaram que mais de metade dos pacientes infectados com a nova cepa não tive contato com aves

Funcionário esteriliza um galinheiro no município de Hemen, na província de Jiangsu (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2013 às 11h20.

Pequim/Londres - Autoridades da área de saúde lançaram nesta sexta-feira mais dúvidas sobre a origem da nova cepa da gripe aviária que está infectando humanos na China , após dados indicando que mais de metade dos pacientes não teve contato com aves.

O vírus H7N9 já foi diagnosticado em 87 pessoas, principalmente no leste da China, e matou 17 pacientes.

Não está claro como as pessoas estão sendo contaminadas, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse não haver indícios apontando para o cenário mais preocupante -- a contaminação regular entre pessoas.

O representante da OMS na China, Michael O'Leary, divulgou dados nesta sexta-feira mostrando que metade dos pacientes examinados não havia tido contato com aves, o que seria a origem mais óbvia da contaminação. Mas ele disse também que a transmissão entre humanos parece ser rara.

"Esse é ainda um vírus animal que ocasionalmente infecta humanos", afirmou. "Com raras exceções, sabemos que as pessoas não estão ficando doentes a partir de outras pessoas." Especialistas dizem que é prematuro afirmar ou descartar que as pessoas contaminadas tenham tido contato com aves de criação, e eles observam que o contato com aves selvagens é ainda mais difícil de estabelecer.

Um estudo científico publicado na semana passada mostrou que a cepa H7N9 é de um vírus "triplo recombinante", com uma mistura de genes de outras cepas de gripe encontradas em aves da Ásia. Uma dessas três cepas provavelmente seria originária de um passarinho chamado tentilhão-montês.

O virologista Ian Jones, da Universidade de Reading, na Grã-Bretanha, disse que nenhum estudo científico conseguiu até agora identificar a origem exata da contaminação humana ou a rota da transmissão. "São coisas sobre as quais precisamos saber", afirmou.

Nos próximos dias, especialistas sob o comando da OMS e do governo chinês vão visitar mercados avícolas e hospitais em Pequim e Xangai.

Algumas amostras aviárias já tiveram resultados positivos, e a China abateu milhares de aves e fechou alguns mercados que vendem animais vivos.

Um porta-voz da OMS disse em Genebra que "os indícios sugerem que as aves de criação sejam um veículo de transmissão, mas os epidemiologistas não conseguiram ainda estabelecer uma ligação forte e clara".

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Pequim/Londres - Autoridades da área de saúde lançaram nesta sexta-feira mais dúvidas sobre a origem da nova cepa da gripe aviária que está infectando humanos na China , após dados indicando que mais de metade dos pacientes não teve contato com aves.

O vírus H7N9 já foi diagnosticado em 87 pessoas, principalmente no leste da China, e matou 17 pacientes.

Não está claro como as pessoas estão sendo contaminadas, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse não haver indícios apontando para o cenário mais preocupante -- a contaminação regular entre pessoas.

O representante da OMS na China, Michael O'Leary, divulgou dados nesta sexta-feira mostrando que metade dos pacientes examinados não havia tido contato com aves, o que seria a origem mais óbvia da contaminação. Mas ele disse também que a transmissão entre humanos parece ser rara.

"Esse é ainda um vírus animal que ocasionalmente infecta humanos", afirmou. "Com raras exceções, sabemos que as pessoas não estão ficando doentes a partir de outras pessoas." Especialistas dizem que é prematuro afirmar ou descartar que as pessoas contaminadas tenham tido contato com aves de criação, e eles observam que o contato com aves selvagens é ainda mais difícil de estabelecer.

Um estudo científico publicado na semana passada mostrou que a cepa H7N9 é de um vírus "triplo recombinante", com uma mistura de genes de outras cepas de gripe encontradas em aves da Ásia. Uma dessas três cepas provavelmente seria originária de um passarinho chamado tentilhão-montês.

O virologista Ian Jones, da Universidade de Reading, na Grã-Bretanha, disse que nenhum estudo científico conseguiu até agora identificar a origem exata da contaminação humana ou a rota da transmissão. "São coisas sobre as quais precisamos saber", afirmou.

Nos próximos dias, especialistas sob o comando da OMS e do governo chinês vão visitar mercados avícolas e hospitais em Pequim e Xangai.

Algumas amostras aviárias já tiveram resultados positivos, e a China abateu milhares de aves e fechou alguns mercados que vendem animais vivos.

Um porta-voz da OMS disse em Genebra que "os indícios sugerem que as aves de criação sejam um veículo de transmissão, mas os epidemiologistas não conseguiram ainda estabelecer uma ligação forte e clara".

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