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Corpos das vítimas da queda do avião chegam a Kharkiv

Comboio saiu esta madrugada de Donetsk transportando corpos dos 289 ocupantes do avião


	Corpos de vítimas do avião da Malaysia Airlines que caiu no leste da Ucrânia
 (Maxim Zmeyev/Reuters)

Corpos de vítimas do avião da Malaysia Airlines que caiu no leste da Ucrânia (Maxim Zmeyev/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2014 às 12h56.

Donetsk - O comboio refrigerado com os corpos das vítimas do avião da Malaysia Airlines, que caiu no último dia 17 em território ucraniano, chegou hoje (22) à cidade de Kharkiv, no Leste do país.

O comboio, acompanhado por 16 representantes da Holanda, da Malásia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (Osce), saiu esta madrugada de Donetsk, cidade sob o poder dos rebeldes pró-russos, transportando corpos dos 289 ocupantes do avião.

Após a chegada na manhã desta terça-feira à estação de Jarkov-Balashovski, a locomotiva será trocada e os vagões levados para um espaço na fábrica Mályshev, de onde os corpos serão acomodados em contêineres enviados especialmente da Holanda.

A locomotiva partiu na noite de ontem (21) de Torez, na região de Donetsk, perto de onde caiu o Boeing 777 malaio, mas teve de esperar várias horas até que os insurgentes pró-russos entregassem as duas caixas-pretas do avião a um representante da Malásia.

"Não viemos para culpar ninguém. As duas caixas são propriedade da Malásia. À primeira vista, conseguimos perceber que as caixas estão intactas", disse o chefe da delegação da Malásia, um coronel do Conselho de Segurança Nacional do país.

O primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk, Alexandr Borodái, entregou as caixas-pretas aos responsáveis malaios durante uma cerimônia oficial realizada na sede do governo separatista, em que documentos oficiais foram assinados por ambas as partes. As caixas, que tem coloração alaranjada, foram expostas sobre a mesa e entregues à comitiva da Malásia.

"Agora temos três tarefas: a repatriação dos corpos, o transporte das caixas-pretas e a devolução dos objetos pessoais das vítimas", afirmou o representante malaio.

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