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Coreias definem reaproximação olímpica

ÀS SETE - Após a reunião, ficou confirmado que uma grande delegação norte-coreana vai cruzar a fronteira para participar dos jogos

Coreias: desde as sanções econômicas impostas pelo Conselho de Segurança da ONU em setembro, o isolamento da Coreia do Norte aumentou

Coreias: desde as sanções econômicas impostas pelo Conselho de Segurança da ONU em setembro, o isolamento da Coreia do Norte aumentou

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 06h36.

Última atualização em 9 de janeiro de 2018 às 07h20.

Coreia do Sul e Coreia do Norte se reúnem nesta terça-feira na pequena vila de Panmunjom, que fica na zona desmilitarizada entre os dois países, no primeiro encontro entre os dois países desde dezembro de 2015.

O diálogo foi combinado depois de o presidente norte-coreano, Kim Jon-un, começar o ano buscando uma aproximação, pedindo para participar dos Jogos Olímpicos de Inverno, que acontecem do lado sul-coreano, em fevereiro.

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Nas conversas da manhã, já encerradas, ficou confirmado que uma grande delegação norte-coreana vai, sim, cruzar a fronteira para participar dos jogos, com atletas, jornalistas, visitantes e animadores de torcida. Os sul-coreanos propuseram até um encontro das duas coreias no desfile de abertura e em outras cerimônias.

Além dos jogos, os dois países vão discutir as relações bilaterais, praticamente inexistentes hoje, especialmente porque os norte-coreanos passaram os últimos meses focados em desenvolver e testar mísseis e ogivas nucleares — colocando a segurança especialmente dos vizinhos sul-coreanos em risco. Essas conversas acontecem neste momento, na sessão vespertina do encontro, focada em questões militares.

Desde as sanções econômicas impostas pelo Conselho de Segurança da ONU em setembro, e com intensa pressão americana, o isolamento da Coreia do Norte aumentou.

A análise mais corrente é que a Coreia do Norte estaria buscando estratégias para negociar com a Coreia do Sul uma redução das sanções e para tentar afastar o país dos Estados Unidos.

A China, a principal adversária comercial dos americanos, se reuniu com lideranças da Coreia do Sul na última semana, demonstrando interesse numa aproximação das duas Coreias.

No início deste ano, Kim Jon-un trocou ameaças com o presidente americano Donald Trump, com ambos afirmando que poderiam lançar bombas nucleares no território alheio com um simples apertar de botão.

Nesta segunda-feira, a União Europeia decidiu estender ainda mais as sanções ao país, tendo adicionado uma série de pessoas a uma lista de possível congelamento de ativos e restrições de viagens a países membros do bloco.

A aproximação pode até vir nos Jogos de Inverno, mas, para além do snowboard, do esqui e do curling, a Coreia do Norte continua um dos países mais isolados, e ameaçadores, do planeta.

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