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Coreia do Norte pede liberação de suspeitos de matar Kim Jong-nam

Segundo a delegação do país, a polícia malásia não encontrou nenhuma prova que envolva os detidos

Polícia malásia: o governo da Coreia do Sul insiste que ele foi assassinado pelo regime de Pyongyang (Athit Perawongmetha/Reuters)

Polícia malásia: o governo da Coreia do Sul insiste que ele foi assassinado pelo regime de Pyongyang (Athit Perawongmetha/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 09h07.

Bangcoc - A Embaixada da Coreia do Norte na Malásia pediu nesta quarta-feira a libertação "imediata" dos suspeitos detidos em relação com o suposto assassinato em Kuala Lumpur de Kim Jong-nam, irmão do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

A polícia malásia não encontrou nenhuma "prova" que envolva os detidos - uma malásia, uma indonésia e um norte-coreano -, nove dias depois da morte do norte-coreano, afirmou a delegação norte-coreana em comunicado.

"Eles (a Polícia) deveriam libertar imediatamente as mulheres inocentes do Vietnã e Indonésia, assim como o cidadão da RPDC (República Popular Democrática de Coreia), Ri Jong Chol, que foi detido sem motivos", precisa a nota.

A Embaixada argumentou que a investigação policial se baseou em um vídeo das câmeras de segurança no aeroporto de Kuala Lumpur no qual uma das mulheres supostamente aplica veneno ao cobrir com suas próprias mãos o rosto da vítima.

"Como pode ser possível que essas suspeitas estivessem vivas depois do incidente? Isto quer dizer que o líquido que elas diziam que era para uma piada não é veneno e que há outra causa para a morte", acrescenta no comunicado.

Segundo o policial malásia, as duas mulheres sabiam que estavam manipulando um produto tóxico e ambas estiveram em dois shoppings de Kuala Lumpur praticando a maneira como atingir o rosto da vítima.

Kim Jong-nam, que viajava com um passaporte diplomático sob o nome de Kim Chol, iria deixar a Malásia em 13 de fevereiro quando foi abordado no aeroporto de Kuala Lumpur pelas duas mulheres.

O irmão do líder norte-coreano pediu ajuda no aeroporto e morreu quando era levado ao hospital.

O governo da Coreia do Sul insiste que Kim Jong-nam foi assassinado pelo regime comunista de Pyongyang.

O pedido da Embaixada de Pyongyang de libertar os detidos ocorre no mesmo dia em que a polícia da Malásia anunciou que que o depoimento de dois norte-coreanos, incluído um diplomata, em relação ao suposto crime.

O chefe da Polícia, Khalid Abu Bakar, disse que as duas pessoas que serão interrogadas são o segundo secretário da Embaixada norte-coreana, Hyon Kwang Song, e o funcionário da companhia aérea Air Koryo, Kim Uk Il, e afirmou que ambos até se encontram na Malásia.

As autoridades malaias, que formalmente não identificaram a vítima nem divulgaram as causas da morte, tinham previsto revelar hoje os resultados da autópsia do corpo de Kim Jong-nam.

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