(KCNA VIA KNS/AFP)
AFP
Publicado em 9 de junho de 2022 às 10h24.
Última atualização em 9 de junho de 2022 às 10h29.
A Coreia do Norte gastou até 650 milhões de dólares este ano em seus testes de armas, uma quantia que poderia ter sido utilizada para comprar vacinas para toda a população, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira.
O regime de Kim Jong Un gastou entre 400 e 650 milhões de dólares no desenvolvimento e nos testes de 33 mísseis disparados este ano, segundo um relatório do Instituto Coreano de Análises de Defesa (KIDA).
A quantia poderia ter "permitir contra-atacar a crise alimentar deste ano e fornecer uma dose única da vacina contra a covid-19 a todos os norte-coreanos", destaca o relatório do KIDA, um centro de pesquisas vinculado ao governo sul-coreano.
Pyongyang executou 18 testes de armas desde o início do ano, um recorde, e prosseguiu com as operações, apesar do surto de covid-19 que atingiu o país em maio, que já infectou mais de 4,3 milhões de pessoas.
Embora a imprensa estatal afirme que a epidemia de coronavírus está sob controle, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou na semana passada que a situação está "piorando".
"Como exige a ativação do dispositivo de combate à epidemia de máxima urgência, pedimos a todos os funcionários que sigam rigorosamente as regras contra a epidemia", declarou nesta quinta-feira à AFP Kim Hye Kyong, chefe de saúde em Pyongyang.
A Coreia do Norte rejeitou em várias ocasiões as propostas da OMS para fornecer vacinas. Também ignorou ofertas de ajuda médica da Coreia do Sul e dos Estados Unidos.
O país enfrenta ainda uma escassez de alimentos, situação que se agravou com o bloqueio autoimposto para evitar a pandemia e com as sanções internacionais contra seu programa de armas.
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