Mundo

Coreia do Norte exalta programa nuclear em congresso

Em Pyongyang, as autoridades oficiais não emitiram sequer uma palavra a respeito dos procedimentos além de dizer que a reunião está em andamento


	O líder norte-coreano, Kim Jong-Un: a Coreia do Norte alardeou "resultados triunfantes" antes do evento
 (AFP)

O líder norte-coreano, Kim Jong-Un: a Coreia do Norte alardeou "resultados triunfantes" antes do evento (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2016 às 10h37.

Pyongyang - A Coreia do Norte inaugurou o primeiro congresso do governista Partido dos Trabalhadores em 36 anos nesta sexta-feira, e o líder Kim Jong Un deve consolidar seu controle sobre um país que vem se isolando cada vez mais por causa de sua busca por armas nucleares.

Sempre sigilosa, a Coreia do Norte alardeou "resultados triunfantes" antes do evento e disse que os progressos nos programas nuclear e de mísseis balísticos, realizados em desafio a sanções da Organização das Nações Unidas (ONU), são "os maiores presentes" para o raro congresso partidário, mas pouco de seu conteúdo foi revelado.

Em Pyongyang, as autoridades oficiais não emitiram sequer uma palavra a respeito dos procedimentos além de dizer que a reunião está em andamento.

A mídia estatal norte-coreana mencionou que o congresso terá início nesta sexta-feira, mas até o começo da noite local não havia dado detalhes sobre as atividades.

O congresso começou em uma manhã chuvosa, e as imagens gigantescas do avô de Kim, Kim Il Sung, e pai, Kim Jong Il, que adornam a Praça Kim Il Sung na capital, foram cobertas.

Jornalistas estrangeiros convidados a acompanhar o acontecimento nem sequer tiveram permissão de entrar na Casa de Cultura 25 de Abril, a estrutura de rocha decorada com bandeiras vermelhas do partido onde a reunião deve transcorrer durante vários dias.

Analistas estrangeiros acreditam que o líder da terceira geração da dinastia Kim irá adotar formalmente sua política "Byongjin" – desenvolver as armas nucleares e a economia simultaneamente – e cimentar ainda mais seu poder.

"Kim quer matar dois coelhos, um arsenal nuclear e o desenvolvimento econômico, e provavelmente irá declarar que o país é um Estado nuclearizado, então esse já é um dos coelhos", disse Yang Moo-jin, da Universidade de Estudos Norte-Coreanos de Seul.

"Ele também pode delinear um plano de cinco anos ou sete anos para o desenvolvimento da economia do povo", opinou.

Kim vem se empenhando com agressividade na obtenção de armas atômicas e tecnologia de mísseis balísticos.

Em março, o Conselho de Segurança da ONU adotou a rodada mais recente de uma série de resoluções endurecendo as sanções contra Pyongyang, que realizou seu quarto teste nuclear em janeiro.

A China, única grande aliada do Norte, apoiou as resoluções e vem expressando frustração com os testes nucleares.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCoreia do NorteONU

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições